Aloizio Mercadante (PT), coordenador dos grupos responsáveis pela transição de governo, confirmou nesta sexta-feira (18), durante entrevista na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deseja colocar um civil no cargo de ministro da defesa. "O presidente já disse isso publicamente, que o ministro da Defesa será um civil. Foi no governo dele e será no novo mandato"
Ministério da Defesa (Foto: Reprodução/ Google
Desde 1999, a chefia deste ministério foi ocupada por civis. Foi assim na segunda administração de Fernando Henrique Cardoso (1999 - 2003), Lula (2003 - 2011), Dilma Rousseff (2011- 2016) e até o último ano do mandato de Michel Temer (2016 – 2019). O preferencial foi mudado na última etapa do governo Temer e reforçado quando Jair Bolsonaro ocupou o cargo de presidente da República (2019), após deixar claro sua preferência por militares no posto .
Enquanto os outros setores de transição já estão com as nomeações declaradas, os grupos da Defesa e Inteligência seguem sem membros para ocupar os cargos. Nomes como: Ricardo Lewandowski (Ministro do STF), Geraldo Alckmin (Vice-presidente eleito), Aloysio Nunes (Filiado ao PSDB), Celso Amorim (Conselheiro de Lula), Aldo Rebelo (Pedetista) e Nelson Jobim (Ex-membro do STF) foram cotados para assumir a defesa, mas nada ainda foi confirmado.
A equipe de transição irá arquitetar estratégias que possam ser favoráveis para o futuro, mas os representantes esperam o retorno de Lula (PT), que fez viagem para o Egito e Portugal, para dar o aval.
Segundo Aloizio Mercadante, uma decisão será anunciada na próxima segunda-feira. O presidente pode (Por lei) formar grupos de transição para os próximos dois meses. Se forem efetivados, eles devem entender todo o funcionamento da administração pública federal e planejar os novos passos do governo que começa a partir do dia 1º de janeiro de 2023.
Foto destaque: Extra Online. Reprodução/Google