A segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi um tema que mais preocupou o PT e por isso, vem sendo preparado esquemas especiais para a proteção do presidente em Brasília.
A responsável pela proteção do petista até 10 de janeiro será a Polícia Federal, que vem preparando o local onde ocorrerá a transição, em Brasília, com segurança especial e ações contra grampos telefônicos e ameaças cibernéticas, dois dos principais temores do futuro governo.
O espaço em que funcionará o governo provisório é o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na capital e que está recebendo agentes especiais fazendo varreduras no local, chefiados pelo delegado Andrei Rodrigues. Os ambientes em que os integrantes da transição irão ocupar estão sendo monitorados quase que diariamente para a identificação de grampos.
Integrantes da equipe de transição em visita ao CCBB, em Brasília. (Foto:Reprodução/Lula Marques/pt.org.br)
Nesta quarta-feira (9), está prevista para ocorrer novamente ações antibombas, com equipamentos, agentes e cães farejadores. Assim como ocorreu ontem à tarde, antes de Lula desembarcar na cidade, a Polícia Federal fez a primeira vistoria no local. Nas inspeções, os policiais buscam dispositivos de interceptações de áudio, vídeo ou sinal de celular.
O objetivo das operações é garantir a segurança das informações que estão nos relatórios e além de evitar ataques hackers ou qualquer problema que ameace a rede ou gere perda de dados. Por isso, haverá outro procedimento específico para garantir a segurança cibernética à rede de computadores colocados à disposição das autoridades que vão trabalhar no CCBB.
As salas do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos quatro principais coordenadores da transição terão acesso restrito e haverá a presença constante de policiais em frente às portas das salas.
Além disso, terá um espaço da Polícia Federal próximo aos gabinetes e só poderá circular pela região pessoas da absoluta confiança do Partido Trabalhista. Nas salas de Lula e Alckmin, só poderão chegar próximo pessoas com credenciamento especifico que serão distribuídos as credenciais para diferentes acessos.
O CCBB contará com equipamentos como detector de metal e também a presença de policiais federais, seguranças privados e policiais militares do Distrito Federal. Além disso, o grupo tático da PF também dará apoio e agentes de inteligência irão monitorar possíveis ameaças.
Até a posse que ocorrerá dia 10 de janeiro, agentes da PF farão a segurança de Lula. Após assumir a presidência, a proteção dele ficará a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Foto Destaque: A presidente do PT, Gleice Hoffman, na vistória da equipe de transição de Lula no prédio do CCBB. (Reprodução/Lula Marques/PT na Câmara)