Na manhã desta segunda-feira (31/07) a Polícia Federal atuou nos estados do Ceará e Rio de Janeiro, para combater crimes sexuais contra crianças ocorridos na internet. A ação de investigação teve início no mês de setembro de 2022 em fóruns da Dark Web, onde foi apurado que o suspeito do crime atuava no convencimento de mulheres, mães de filhos pequenos, para que abusassem de suas crianças, gravaram imagens dos atos criminosos e compartilhassem com ele.
Polícia Federal realiza prisão
A ação da PF, denominada de Operação Anêmona, teve como determinação, seis mandados de prisão, uma medida cautelar de afastamento do lar e seis mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal.
O suspeito morava em Fortaleza e foi preso em dezembro de 2022, na Operação Psique Sombria. No ato foram apreendidos em poder dele mais de 12 mil arquivos, contendo registros de diálogos entre o aliciador e mulheres aliciadas por ele para que praticassem os crimes de abusos sexuais para com os seus filhos e/outras crianças, e ainda, vídeos, fotografias e documentos que retratavam de forma explícita os atos criminosos perpetrados.
Polícia Federal faz operação Anêmona de combate a crimes sexuais contra crianças na internet (Foto: reprodução/Polícia Federal/Divulgação)
PF combate cibercrimes contra crianças
Por meio da operação Anêmona, a PF identificou seis mulheres que estão sendo investigadas e que residem no Ceará nas cidades de Fortaleza, Juazeiro do Norte e Maranguape, e também no estado do Rio de Janeiro em Belford Roxo. Elas serão indiciadas pelas práticas dos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, além de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estes crimes têm previsão de penas de 45 anos de detenção, conforme informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Ceará.
A PF tem atuado para combater os crimes cometidos no âmbito obscuro da internet, que favorecem o anonimato e os cibercrimes, como a Dark Web. A delegada de Polícia Federal Luciana Mota, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, que acompanha a investigação, explica que foi um tipo de ação diferente das que estão acostumadas a fazer, pelo fato de as investigadas serem mulheres e mães, de acordo com publicação na Rádio Nacional de Brasília.
Foto destaque: A Operação Anêmona teve como determinação seis mandados de prisão de mulheres dos estados do Ceará e Rio de Janeiro. Reprodução/ASCOM – PF/CE