A oposição da Venezuela acusou o governo de Nicolás Maduro de prender María͏ Corina Machado, uma pessoa importante na luta contra ͏o governo autoritário ͏do lugar. Depois de cinco meses escondida por causa de medo, María Corina apareceu em público perto͏ da posse de Nicolás Maduro para um novo tempo no poder, ͏após eleições ͏que muitas pessoas disseram que eram falsas, tanto pela oposição como pelo mundo todo.
Machado guiou protestos pedindo que o͏ governo aceitasse o suposto resultado das eleições de 28 de julho, onde a oposição disse que Edmundo González ganhou com 67% dos votos, enquanto ͏Maduro teve 30%. O governo não quis mostrar os ͏resultados das urnas;͏ isso fez crescer a desconfiança.
͏Nesta quinta-feira (9), um protesto ao redor de Caracas, María Corina falou ͏para muitas pessoas. Ao sair do evento foi presa por os soldados do regime.
O líder oposicionista Edmundo González também se manifestou, exigindo sua libertação:
"Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que cometeram este ato, aviso: não subestimem o povo."
Como presidente electo, exijo la liberación inmediata de María Corina Machado.
— Edmundo González (@EdmundoGU) January 9, 2025
A los cuerpos de seguridad que la secuestraron les digo: no jueguen con fuego.
Edmundo González faz declaração em apoio a María Corino Machado (Reprodução/X/@EdmundoGU)
Poucas horas depois, a coalizão confirmou que María Corina havia sido liberada. Segundo relatos, ela foi retirada à força de sua moto, teve armas disparadas ao redor, foi detida e obrigada a gravar vídeos sob coação antes de ser solta.
Venezolanos,
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) January 10, 2025
Hoy, el Bravo Pueblo demostró cómo se VENCE al miedo!
Nunca me he sentido tan orgullosa de ser venezolana.
Gracias, gracias, a todos los ciudadanos que salieron a las calles a reivindicar nuestra victoria del 28 de julio y a COBRARLA!
Mi corazón está con el…
María Corina Machado compartilha com seguidores que está em um lugar seguro (Reprodução/X/@MariaCorinaYa)
Lula não reconhece eleição de Maduro
Enquanto isso, no Brasil, o governo Lula mantém posição de cautela, recusando-se a reconhecer o resultado das eleições venezuelanas até que os boletins de urnas sejam apresentados. O governo brasileiro avalia ainda se enviará sua embaixadora para a cerimônia de posse de Nicolás Maduro, marcada para sexta-feira (10).
Lula diz não reconhecer eleição de Maduro (Vídeo:reprodução/G1)
A trajetória de María Corina Machado
Engenheira industrial e filha de um magnata do aço, María Corina Machado iniciou sua oposição ao chavismo em 2004, ao cofundar a ONG Súmate, que promoveu um referendo contra Hugo Chávez. Apesar do fracasso, continuou desafiando o regime, destacando-se em 2010, quando foi eleita deputada com votação recorde.
Na Assembleia Nacional, criticou abertamente Chávez, chamando suas expropriações de roubo, e revelou suas aspirações presidenciais em 2012, ficando em terceiro lugar na disputa pela candidatura opositora.
María Corina Machado segura bandeira do seu país
(Foto:reprodução/Instagram/@mariacorinamachado)
Conhecida por sua postura linha-dura, liderou protestos contra Nicolás Maduro em 2014, mas teve seu mandato cassado. Mesmo enfrentando o regime e setores moderados da oposição, consolidou-se como uma das principais vozes contra o chavismo na Venezuela.
Foto Destaque: María Corina Machado durante aparece em publico depois de meses reclusa em protesto ao governo de Nicolás Maduro (Reprodução/Instagram/@mariacorinamachado)