No cenário já tenso do conflito israelo-palestino, a recente ofensiva militar de Israel á cidade palestina de Rafah, elevou o numero de vítimas à 35 mil, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.
Desde o início da escalada dos confrontos, o número de palestinos mortos ultrapassou a marca alarmante de 35.091 de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do grupo terrorista Hamas. Além disso, 78.827 pessoas ficaram feridas, agravando ainda mais a situação humanitária já precária na região.
A justificativa de Israel
Israel justifica a invasão em Gaza consideradando-a como um reduto do Hamas, e alega que áreas assim representam uma ameaça à segurança do Estado judeu. No entanto, a operação militar israelense tem gerado críticas da comunidade internacional devido ao alto número de vítimas civis e ao deslocamento em massa de populações locais.
Palestinos em Rafah, no sul de Gaza, carregam seus pertences enquanto seguem ordem de evacuação do exército israelense (Foto: anônimo/Reprodução: Getty Images Embed)
Rafah, que se tornou um refúgio para palestinos deslocados de áreas previamente atingidas por ataques israelenses, enfrenta agora um deslocamento em massa. Estimativas da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) indicam que aproximadamente 300 mil pessoas já fugiram da cidade em busca de segurança.
Relatórios do Departamento de Estado dos EUA levantam preocupações
Os Estados Unidos, tradicional aliado de Israel, expressaram sua oposição à operação em larga escala em Rafah, enfatizando a necessidade urgente de proteger e fornecer assistência humanitária aos civis deslocados. O porta-voz da Secretaria de Estado, Matthew Miller, destacou a importância de priorizar a segurança e o bem-estar dos refugiados em meio ao conflito em Gaza.
Como resposta à operação militar israelense em Rafah, os Estados Unidos suspenderam temporariamente o envio de bombas para Israel na semana passada. Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou acreditar que a ação israelense na cidade é "limitada".
Israel e o grupo Hamas, considerado uma organização terrorista pelos EUA e outros países, entraram em conflito aberto em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou ataques contra alvos israelenses, resultando em cerca de 1.200 mortes. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva na Faixa de Gaza para neutralizar o Hamas e sua infraestrutura militar.
É importante notar que os números de baixas fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza não podem ser verificados de forma independente e podem incluir combatentes do Hamas. Ambos os lados têm acusado o outro de usar escudos humanos e colocar civis em risco durante os confrontos.
Foto destaque: Bombardeio israelense em Rafah (Foto: Said Khatib/Reprodução: Getty Images Embed)