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Naufrágio no Pará: população segue em busca de respostas sobre paradeiro de lancha

Um ano após o naufrágio, a população ainda cobra respostas sobre o caso relembrando que, por décadas, este tipo de problema é enfrentado sem que nenhuma solução seja apresentada

08 Set 2023 - 13h50 | Atualizado em 08 Set 2023 - 13h50
Naufrágio no Pará: população segue em busca de respostas sobre paradeiro de lancha Lorena Bueri

O acidente que resultou na perda de 23 vidas próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, completa um ano nesta sexta-feira (08). A busca por respostas continua, com sobreviventes, familiares e amigos exigindo esclarecimentos. Entretanto, o comandante da embarcação "Dona Lourdes II", Marcos Oliveira, permanece em liberdade.

A empresa responsável pela lancha realizou o procedimento de reflutuação em 17 de fevereiro deste ano sem autorização da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR). Até agora, a embarcação permanece desaparecida, o que gera questionamentos dos sobreviventes sobre o seu paradeiro.


O cortejo fúnebre de vítimas do naufrágio, em 2022. (Foto: reprodução/G1/TV Liberal)


O naufrágio

A lancha partiu de um porto clandestino em Cachoeira do Arari, no Marajó, em 8 de setembro de 2022, com destino à capital Belém. A tragédia vitimou mulheres, homens e crianças. Os relatos indicam que, no dia do naufrágio, a correnteza estava muito forte. Apesar disso, o comandante, Marcos Oliveira, optou por uma rota repleta de obstáculos, não utilizada por embarcações de passageiros. Próximo a Cotijuba, um forte estrondo foi ouvido, e a lancha ficou à deriva.

Uma sobrevivente, Raimunda Santos, relatou que Marcos instruiu os passageiros a não se levantarem e nem fazerem nada, mantendo-os quietos e informando que estava solicitando ajuda. Já Raimundo Serra, outro sobrevivente, que perdeu sua filha Brenda e sua neta Lívia no naufrágio, afirmou que "depois, uma senhora olhou para o porão, viu a água entrando e gritou que a lancha estava furada. Ele foi lá e mandou que ela calasse a boca: 'cala a tua boca' e fechou o porão da lancha".

No aniversário do trágico naufrágio, a TV Liberal apresentará duas reportagens especiais que não apenas relembram o caso, mas também destacam a indignação da população que depende desse meio de transporte para se deslocar diariamente. As reportagens serão transmitidas na próxima segunda (11) e terça-feira (12), no Bom Dia Pará.

A Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) confirmou que a "Dona Lourdes II" não possuía autorização para operar no Terminal Hidroviário da Foz do Rio Camará, de onde partem embarcações regulares do Marajó.

Tramitação do caso

O caso está em andamento na Justiça, com acusações de omissão de socorro. Depoimentos afirmam que o comandante pulou na embarcação com sua esposa para se salvar e fugir, sem liberar os botes para que os tripulantes pudessem utilizá-los. No entanto, a defesa nega essas acusações. A Justiça do Pará informou que "o processo no qual figura como réu Marcos de Souza Oliveira está em tramitação na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém".

O inquérito policial foi devolvido à delegacia de Polícia Fluvial devido a novas diligências solicitadas pelo Ministério Público, que visa ouvir outras vítimas lesionadas no acidente e esclarecer as circunstâncias da retirada da embarcação, entre outras questões.

Os problemas de Marajó

A população do Marajó, de onde a lancha partiu, enfrenta problemas recorrentes em relação a viagens superlotadas, embarcações com falhas e suspensão de viagens regulares. Devido a esses problemas nas embarcações regulares, muitas vezes os moradores recorrem a barcos clandestinos para alcançar seus destinos, apesar das condições precárias.

Os moradores da região afirmam que esses problemas persistem há muito tempo e que outros acidentes fatais já ocorreram. Um dos naufrágios mais conhecidos aconteceu em julho de 1988, quando o barco correio do Arari afundou em frente à ilha das Onças, resultando na morte de cerca de 30 pessoas.

Além disso, de acordo com os moradores, os barcos regulares frequentemente partem com lotação máxima, deixando pessoas para trás. Sem previsão para a próxima viagem, eles acabam recorrendo a barcos clandestinos, que muitas vezes saem logo atrás dos barcos regulares em portos clandestinos próximos aos portos regulares.

A Arcon-PA informou que está colaborando com as investigações e intensificou a fiscalização nos portos de linhas regulares do estado, mantendo diálogo com a população para promover o uso de embarcações autorizadas e melhorar o serviço hidroviário.

A Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) anunciou que sete obras estão em andamento nos municípios de Anajás, Breves, Chaves, Melgaço, Oeiras do Pará, Salvaterra e Soure, com o objetivo de criar estruturas mais seguras e confortáveis para o embarque e desembarque de passageiros na região.

Foto Destaque: embarcação Dona Lourdes II. Reprodução/A Província do Pará. 

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