Considerado o maior traficante da Colômbia, Dairo Antonio Úsuga David, de 50 anos, conhecido como Otoniel, foi detido no último sábado (23) após quase uma década sendo procurado. A localização do líder da organização criminosa, “Clã del Golfo”, foi valorada entre cerca de US$800 pelo governo colombiano e US$5 milhões pelo governo americano.
A operação demandou mais de vinte helicópteros e reuniu mais de 300 soldados somados do Exército, da Força Aérea e da Polícia Federal da Colômbia. O presidente do país, Iván Duque, comparou o condenado ao Pablo Escobar ao declarar que "É o golpe mais duro que já foi infligido ao narcotráfico neste século em nosso país. Esse golpe só é comparável à queda de Pablo Escobar nos anos 1990”.
Otoniel posa para foto após ser preso. (Foto: Reprodução/Colombian Defense Ministry/Reuters)
Diego Molano, o ministro da Defesa da Colômbia, revelou que o país irá extraviar o traficante para os Estados Unidos, visto que “a maior quantidade de toneladas de coca que a Colômbia enviou para os mercados dos Estados Unidos e para a Europa foi administrada [pelo “Clã del Golfo]”.
O ministro contou que "Há cerca de um mês, com as informações de inteligência, percebemos que ele estava utilizando práticas como e-mails humanos, há muito tempo não mantinha comunicação por rádio ou celular. Além disso, devido aos golpes da Força Pública para suas estruturas, ele já havia começado a sentir carência. O que ele disse aos membros da Polícia e das Forças Especiais que o estavam levando no helicóptero foi 'eles me venceram, me ganharam'”.
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Conforme a imprensa colombiana, Otoniel será condenado por mais de 120 processos judiciais, envolvendo homicídios, sequestros, formação de quadrilha e diversos outros crimes. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos considerou a organização uma das maiores ameaças ao país, e definiu o clã como “uma das organizações transnacionais do crime organizado mais importantes.”
Foto destaque: Otoniel posa para foto ao lado de soldados colombianos após ser preso. Reprodução/Colombian Defense Ministry/Reuters