A robô conhecida como Ai-Da, ficou interditada durante 10 dias no Egito devido a desconfiança dos agentes de que as câmeras e o moldem presentes na máquina tivessem o objetivo de espionar algo dentro do país. A inteligência artificial é considerada uma arte contemporânea pela sua habilidade de criar pinturas abstratas.
O mecanismo, que trás as câmeras em um braço robótico, foi desenvolvido em 2019 pelo proprietário da Galeria Barn, Aidan Meller. Em entrevista ao “The Guardian”, ele informou que a razão para a robô ser interditada pelos agentes que acionaram o estado de alerta, foi literalmente apenas por conta das câmeras e do moldem, e defendeu que “Ela é uma artista robô, vamos ser claros sobre isso. Ela não é uma espiã".
O crânio robótico de Ai-Da. (Foto: Reprodução/Matthew Stock/Reuters)
Meller confessou que se propôs a remover o modem, arriscando a integridade de sua criação, para poder expor seu trabalho no país, que seria apresentado pela consultoria Art d’Égypte, pelo ministério de turismo e relações exteriores, como uma mostra de arte contemporânea, porém explicou que não poderia retirar as câmeras porque elas eram essenciais para a robô visualizar as pinturas que iria desenvolver.
Leia mais: Metaverso: o mundo “físico” dentro realidade virtual
Leia mais: Jair Bolsonaro aprova lei que reduz mais de R$600 milhões de verbas para ciência
Leia mais: Prefeitura do Rio libera lotação máxima de programas culturais nesta segunda
O inventor do dispositivo contou que foi preciso o envolvimento da consultoria e da Embaixada do Reino Unido na capital do Egito, Cairo, para que a Ai-Da pudesse ser liberada. A Embaixada expressou contentamento à BBC ao relatar que "está feliz em ver que a robô artista Ai-Da foi liberada na alfândega".
Foto destaque: Ai-Da, a robô artista. Reprodução/Divulgação