Dina Boluarte tem seu impeachment aprovado pelo Congresso do Peru

Presidente do Peru sofre fortes críticas durante seu governo e tem uma rejeição popular superior a 90%; Dina também é acusada de corrupção

10 out, 2025
Dina Boluarte | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed
Dina Boluarte | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed

Foi aprovado nesta madrugada de sexta-feira (10), o impeachment da atual presidente do Peru, Dina Boluarte, eleita em 2022 após a queda de Pedro Castillo. Com uma votação impressionante de 124 votos a zero, Boluarte, que já vinha com uma forte rejeição da população e acusações de corrupção, perderá em breve o seu cargo como presidente do país. Além disso, ela enfrenta altas críticas pela repressão violenta a protestos. Dina não compareceu para sua defesa nesta quinta (9), mesmo com a aprovação do Parlamento.

Protestos e mobilização popular

A destituição aconteceu em contexto de protestos em diversas regiões do Peru, muitos iniciados por demandas por justiça social, melhor distribuição de renda, mudanças constitucionais e maior participação política. O uso da força policial, concessão de estados de emergência e até confrontos em cidades como Lima e Cusco foram marcas da crise que levou ao impeachment. Além das graves acusações de corrupção, o que incluiu o caso do Rolexgate, que é sobre uma investigação sobre coleção de relógios luxuosos não declarado.


Protestos a Dina Boluarte durante a Assembleia da ONU (Foto: reprodução/Alexi J. Rosenfeld/Getty Images Embed)

Consequências e transição de poder

Com o impedimento aprovado, o país entra em autoridade provisória, com Congresso ou lideranças designadas assumindo interinamente. O processo de sucessão deve seguir as regras constitucionais, com indicação de presidente interino e preparação eleitoral. A escolha será decisiva para o rumo político e para a retomada de estabilidade interna. Vale lembrar que o Peru já teve seis presidentes desde 2018.

Desafios pela frente

A nova fase exigirá rapidez institucional, diálogo com setores sociais e controle da tensão nas ruas. A população espera que a mudança de governo não seja apenas simbólica, mas marque um retorno ao equilíbrio democrático e à governabilidade, casos de falhas administrativas, protestos contínuos e divisão excessiva não devem ser repetidos.

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