Nesta quarta-feira (09) O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu enviar para a Justiça Federal de Três Rios, Rio de Janeiro, as investigações contra o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) por ter atirado contra agentes da Polícia Federal após ordem prisão. Roberto Jefferson resistiu à prisão com tiro de fuzil e granadas contra agentes da PF.
Segundo o ministro, a conduta do ex-deputado, ao atirar contra os agentes policiais, configura, crimes de homicídio, na forma tentada. Alexandre de Moraes sinaliza também que Jefferson pode ser julgado pelo tribunal do júri, uma vez que a conduta investigada pode ser considerada crime doloso contra a vida.
“Neste caso, as condutas investigadas foram perpetradas em face de funcionários públicos da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão expedido judicialmente, de modo que a competência é da Justiça Federal, conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função)”, disse o ministro, segundo a CNN.
Momento da prisão de Roberto Jefferson. Reprodução\ Revista Oeste.
No dia 22 de outubro, o ministro emitiu uma ordem de prisão, apontando o descumprimento das medidas estabelecidas para prisão domiciliar. Após a determinação, agentes da Polícia Federal foram até a casa de Roberto Jefferson em Levy Gasparian, Rio de Janeiro, mas foram recebidos a tiros e atacados com granada pelo ex-deputado. Após o ocorrido, Moraes determinou a prisão em flagrante, por suspeita de tentativa de homicídio a dois agentes que ficaram feridos no ataque.
Após oito horas desrespeitando a ordem do STF, o ex-deputado finalmente se entregou e começou a cumprir prisão no presídio de Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro. Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio contra os polícias.
Foto Destaque: Ministro Alexandre de Moraes. Reprodução: Nelson Jr./SCO/STF