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Michelle Bolsonaro recebeu mais de R$ 50 mil em depósitos fracionados, indicam documentos

De acordo com comprovantes encontrados nos e-mails dos ajudantes de ordem de Bolsonaro, as transferências – que variam entre R$ 800 e R$ 900 - teriam sido feitas em espécie e com diferença de minutos.

19 Ago 2023 - 01h25 | Atualizado em 19 Ago 2023 - 01h25
Michelle Bolsonaro recebeu mais de R$ 50 mil em depósitos fracionados, indicam documentos Lorena Bueri

De acordo com documentos da CPI dos Atos Golpistas, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e líder do PL Mulher, recebeu em torno de R$ 60 mil em depósitos de pequenas quantias em 2022.  Os 45 depósitos foram feitos em dinheiro físico, através de envelopes, o que dificulta a identificação do depositante.

Após ser procurada pela equipe do g1, a assessoria de Michelle justificou que os pagamentos seriam destinados às “despesas da casa e as despesas pessoais dela e de suas filhas”.

“São todas pagas com os proventos do marido e, portanto, as transferências foram, não só necessárias, mas compatíveis com esses gastos", afirmou a assessoria ao g1.

Comprovantes em e-mails

Apesar dos pagamentos em espécie terem impactado no reconhecimento da origem, foram encontrados comprovantes dos depósitos nos e-mails dos ajudantes de ordem do presidente há época, Jair Bolsonaro (PL).

Segundo as investigações, os assessores de Bolsonaro, Osmar Crivelatti, Cleiton Holzschuk e Adriano Teperino, não somente realizavam as transações, como enviavam os comprovantes por e-mail.  Os militares ainda teriam tentado apagar oito destes e-mails.

Visto pela Polícia Federal como um indicador de tentativa de burlar possíveis investigações, o padrão dos depósitos consistia no fracionamento dos pagamentos. Os assessores teriam feito transferências de pequenas quantias – variando entre os valores de R$ 800 e R$ 900 – com um intervalo de minutos entre elas.

De acordo com a PF, este modelo de transações é sinal de que o dinheiro poderia ter origem irregular.

Michelle Bolsonaro e as joias

Cinco ajudantes de ordem de Jair Bolsonaro estão sendo investigados por uma possível negociação ilegal de joias dadas por líderes estrangeiros ao ex-presidente. De acordo com a PF, Mauro Cesar Barbosa Cid; o general do Exército Mauro Cesar Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, fariam parte de uma “organização criminosa”, responsável por omitir e vender bens pertencentes a União.

Além destes, todo o entorno de Jair Bolsonaro é alvo da investigação, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na última quinta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo bancário de Michelle, para averiguar a possibilidade de as contas terem sido usadas no recebimento de pagamentos referente as vendas ilegais.

Sobre a quebra, através das redes sociais, a esposa de Bolsonaro afirmou que tudo não passaria de uma “perseguição política” que buscava “manchar o nome” de sua família.


Michelle Bolsonaro comenta sobre quebra de sigilo bancário. Michelle Bolsonaro comenta sobre quebra de sigilo bancário. (Foto: Reprodução/Instagram).


A quebra do sigilo bancário e fiscal, contudo, não se aplica somente a ex-primeira-dama. A autorização de Moraes também estabalece a medida para as contas nacionais e internacionais de Jair Bolsonaro. 

Foto destaque: Michelle Bolsonaro em posse no PL Mulher. Reprodução/Cristiano Mariz/O Globo.

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