Frente às denúncias de abuso sexual, a Meta lançou um recurso chamado "Personal Boundary", ou “limite pessoal”, em português. Operante para todos os usuários, a iniciativa assegura que avatares permaneçam a uma distância mínima de 1,20 metros no metaverso.
A empresa Meta foi criada com o objetivo de controlar as redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp. O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, relatou que o nome vem do grego “além” e foi inspirado no metaverso, projeto virtual compartilhado coletivo que aspira ir além com realidades aumentadas e virtuais.
O Metaverso parte de um investimento audacioso, e permite que, no espaço virtual, a realidade seja replicada em dispositivos digitais. Nessa configuração, as trocas contam com experiências mais imersivas até mesmo entre pessoas distantes. “Nosso DNA nos permite construir tecnologias. Estamos construindo essas novas tecnologias para criar o metaverso”, sinaliza Zuckerberg.
O diretor executivo ainda explica que os criadores de conteúdo terão novas oportunidades e benefícios na próxima década. O projeto oferece conexões sociais, games, esportes, trabalho, educação e comércio. Nesse contexto, o Facebook já investiu US$150 milhões em treinamentos para projetos futuros da próxima geração de criadores de conteúdo.
Empresa Meta desenvolve tecnologia e transformação digital. (Foto: Reprodução/Pixabay)
Segundo o vice-presidente da Horizon, Vivek Sharma “o Personal Boundary inibe qualquer um de entrar no espaço pessoal do seu avatar. Se alguém o tenta, o sistema trava seus movimentos para frente assim que alcançam o limite. Você não vai sentir — não existirá um retorno tátil. Isso funcionará em conjunto com a medida já existente contra assédios com as mãos, na qual a mão do usuário desaparecia caso tentasse entrar no espaço de outro avatar”, explicou em publicação no blog da Oculus.
Ligado automaticamente para todos os usuários, o recurso pode sofrer alterações no tamanho do limite e em outros controles da interface ao longo do tempo. Por se tratar de uma realidade aumentada, a empresa valoriza o estabelecimento de normas. Sharma completa dizendo que “a realidade aumentada deve ser para todos, e continuamos trabalhando para melhorar a experiência das pessoas com base no feedback da comunidade. Acreditamos que o Limite Pessoal é um importante exemplo de como a realidade virtual tem o potencial de ajudar as pessoas a interagir de forma confortável. É um passo importante, e ainda existe muito trabalho a ser feito”.
Nesta quinta-feira (03), houve uma queda de 25% nas ações da Meta, motivada pelo resultado fraco no último trimestre fiscal da empresa, além dos altos investimentos no metaverso e a diminuição de usuários ativos no Facebook. Com números abaixo do esperado e o desânimo dos acionistas, o mercado cripto tem chamado atenção para as vantagens em relação ao de ações, sobretudo no que diz respeito à volatilidade.
Foto Destaque: Mark Zuckerberg. Reprodução/Flickr