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Mauro Cid deve reconhecer ter vendido joias a mando de Bolsonaro

O ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, está prestes a admitir que vendeu jóias por ordem de Jair Bolsonaro, entregando o dinheiro resultante de todas as vendas ao ex-presidente

18 Ago 2023 - 12h12 | Atualizado em 18 Ago 2023 - 12h12
Mauro Cid deve reconhecer ter vendido joias a mando de Bolsonaro Lorena Bueri

Mauro Cid vai reconhecer ter efetuado a venda de jóias por ordem de Bolsonaro e ter entregue o montante em dinheiro ao ex-presidente, conforme afirmou o advogado Cezar Bittencourt, defensor do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Cid, que foi uma das figuras mais confiáveis para Bolsonaro, também revelará ter realizado de forma secreta a transferência do dinheiro de volta ao país após a venda dos artigos nos Estados Unidos.

As informações inicialmente foram publicadas pela revista Veja e posteriormente confirmadas pela TV Globo, que entrevistou o advogado. Cid permanece sob custódia desde maio.

Presentes públicos e não privados 

Segundo o Tribunal de Contas da União, os presentes que foram oferecidos deveriam ser incorporados ao patrimônio público e não vendidos como propriedade pessoal. Bittencourt recentemente assumiu a responsabilidade pela defesa de Cid, tornando-se o terceiro advogado a fazê-lo desde sua prisão. Durante uma entrevista à GloboNews nesta semana, Bittencourt já havia afirmado que Cid agiu apenas seguindo ordens.

As investigações realizadas pela Polícia Federal mostram que o processo de venda das jóias e presentes oferecidos a Bolsonaro durante seu mandato presidencial teve início em junho de 2022, quando a equipe de Mauro Cid solicitou uma lista dos relógios recebidos pela Presidência até aquele momento.

Em 2 de junho, outro ajudante de ordens recebeu a lista que continha informações detalhadas sobre os 37 itens, incluindo os fabricantes, conforme a solicitação de Cid.

Vendas ilegais

Quatro dias depois, Cid retirou um conjunto de joias do acervo, que consistia em um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. Esses itens haviam sido entregues a Bolsonaro durante uma viagem oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019.

Em 8 de junho daquele ano, tanto Bolsonaro quanto Cid viajaram aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas. De acordo com a Polícia Federal, Cid transportou o conjunto de jóias no voo oficial da Força Aérea Brasileira.

Os investigadores afirmam que Mauro Cid não retornou ao Brasil junto com o presidente, levando as jóias até seu pai, Mauro Cesar Lourena Cid, que ocupava um cargo na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami desde 2019.

Em  junho, Mauro Cid viajou aos Estados Unidos para vender um relógio Rolex de ouro branco e outro relógio da marca Patek Philippe. Segundo a análise dos dados armazenados no celular de Mauro Cid, a Polícia Federal encontrou um comprovante de depósito no valor de US$ 68 mil (aproximadamente R$ 332 mil).

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado à CPI dos Atos Golpistas e obtido pelo g1, identificou transações financeiras consideradas incomuns nas contas de Lourena Cid, totalizando cerca de R$ 4 milhões movimentados entre fevereiro de 2022 e maio de 2023.


Jair Bolsonaro e Mauro Cid em imagem de março de 2020. (Foto: Reprodução/Alan Santos/PR/G1)



A Polícia Federal afirmou que um novo conjunto de presentes oficiais deixou o Brasil em dezembro, sendo transportado no avião presidencial que levou Bolsonaro aos Estados Unidos no final de seu mandato.

Mensagens encontradas no celular de Cid indicam que ele levava consigo uma mala contendo duas esculturas douradas - uma árvore e um barco - com destino à residência de seu pai em Miami. A PF constatou que a mala continha essas duas esculturas, sendo uma delas semelhante à que Bolsonaro recebeu em 2021 durante uma viagem ao Bahrein, e a outra sendo um barco.

Em janeiro de 2023, Lourena Cid já estava com a mala, então Mauro Cid pediu para ele não esquecer de tirar foto. Segundo a PF, é provável que Mauro Cid tenha levado para os Estados Unidos o chamado "kit rose", um conjunto de itens masculinos da marca Chopard, durante o voo de dezembro. Esse conjunto foi entregue ao então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

 

Foto destaque: Depoimento para CPMI do golpe, 11/07/2023, do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid. Reprodução/Lula Marques/Agência Brasil/Brasildefato

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