Vitória de Nicolás Maduro. Na última segunda-feira (6), Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela, declarou que a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) irá reconhecer Maduro como presidente eleito do país.
Apesar dos apelos do líder da oposição, Edmundo González, Padrino não cedeu, deixando claro que "não obedece aos desígnios ou mandatos de outras potências imperiais".
Se tudo ocorrer como planejado, a posse presidencial ocorrerá no dia 10 de janeiro. Maduro comanda a presidência da Venezuela desde 2013.
Situação extrema
O País está passando por uma forte tensão política desde que o Conselho Nacional Eleitoral proclamou a vitória de Nicolás Maduro. A oposição rejeita esse resultado, afirmando que venceu a eleição.
Em declaração feita no último sábado (4), o ex-candidato da oposição, Edmundo González, deixou claro que irá a Caracas para tomar posse da presidência venezuelana no dia 10 de janeiro. Caso isso aconteça, há um grande risco de ele ser preso pelo governo chavista.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, já ameaçou González de prisão caso ele retorne ao país. Espera-se um desdobramento significativo dessa narrativa até a próxima sexta-feira (10).
Na imagem, Nicolás Maduro aparece em uma passeata durante o período de campanha (Foto: Reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)
A crise política venezuelana
Em 25 de julho de 2024, a eleição que permitiu o uso da urna eletrônica e do voto impresso, teve como resultado a vitória de Maduro, reconhecida pelo Conselho Nacional Eleitoral, mas constatada pela oposição e a União Europeia.
Segundo os resultados apurados, o atual e futuro presidente da Venezuela teria ganho com mais de 50% dos votos, conforme anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No entanto, esses resultados nunca foram confirmados através das atas eleitorais, responsáveis por detalhar a quantidade exata de votos obtidos.
A oposição publicou um site onde os eleitores puderam verificar os registros da votação, indicando 70% dos votos para Edmundo González. Após essa ação, o Ministério Público da Venezuela iniciou uma investigação contra González por crime eleitoral.
Intimado três vezes para prestar depoimento sobre a publicação irregular das atas e não comparecendo, o opositor asilou-se na Espanha no início de setembro, logo após ter um mandato de prisão emitido.
No meio dessa guerra política, vários opositores do governo chavista foram presos, totalizando 2.400 detenções. Além disso, 24 pessoas morreram em decorrência dos conflitos ocorridos após o pleito de 28 de julho.
Foto Destaque: Nicolás Maduro, o atual e futuro presidente da Venezuela (Foto: Reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)