A justiça do estado do Rio Grande do Sul autorizou, nesta terça-feira (22), o humorista e influenciador conhecido como Nego Di a residir em Santa Catarina. Dilson Alves da Silva Neto esteve preso desde julho de 2024, acusado de estelionato, mas foi solto em novembro e está em liberdade condicional.
Tramites legais
Segundo sua advogada, Camila Kersch, o humorista já havia se mudado para Florianópolis em julho, antes da prisão por estelionato, motivada por um suposto esquema de venda de produtos que nunca eram entregues. Agora, Nego Di "Comunicou ao juízo de Canoas o novo endereço, cumprindo a determinação contida na decisão do STJ como cautelar substitutiva da prisão”, afirma Kersch.
O entendimento legal é de que, mesmo tendo sido preso em Florianópolis, o influenciador realmente morava em Santa Catarina, e isso o torna apto a se manter no estado e em liberdade provisória caso cumpra as decisões e medidas cautelares do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A decisão ocorreu no dia 19 de dezembro, e veio a público por meio de uma nota do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Nego Di fazendo piada com acusação de fake news em seu Instagram (Foto: Reprodução/Instagram/@negodioficial)
Planta não faz isso
Nego Di foi preso por estelionato em julho de 2024. Ele foi detido em função de uma investigação sobre uma empresa em seu nome, que vendeu produtos no ano de 2022, mas não os entregou. No total, foram mais de 370 pessoas lesadas e o prejuízo foi de mais de cinco milhões de reais.
A empresa em questão chamava-se “Tadizuera", e se tratava de uma loja virtual na qual ele administrava junto a seu sócio, Anderson Boneti, que também teve prisão preventiva decretada. A loja funcionou entre março e julho de 2022, mês em que a justiça determinou sua derrubada. Como influenciador, Nego Di fazia a divulgação dos produtos anunciados. "Eu só quero pagar as pessoas e resolver a minha vida", disse o influenciador durante interrogatório.
Enquanto a polícia civil conduzia as investigações, Nego Di foi alvo do Ministério Público (MP) dois dias antes de sua prisão, dessa vez por uma suposta lavagem de dinheiro, a quantia total passava de dois milhões de reais.
Foto Destaque: Nego Di em foto oficial de seu livro (Reprodução/@negodioficial/X)