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Jogos de azar: influenciadores investigados por divulgar “Jogo do Tigrinho” tem prisão revogada

Os influencers recebiam R$ 1 mil a cada 100 pessoas que eles convenciam a jogar; a defesa afirma que os acusados não tinham conhecimento de que a divulgação seria ilegal.

19 Dez 2023 - 22h10 | Atualizado em 19 Dez 2023 - 22h10
Jogos de azar: influenciadores investigados por divulgar “Jogo do Tigrinho” tem prisão revogada  Lorena Bueri

Após audiência desta terça-feira (19) em Belém, a Justiça determinou que fosse revogada a prisão temporária de seis influenciadores investigados por divulgar jogos de azar na internet.

Gleison Pereira Soares, Suzana Karla Melo de Araújo, Géssica Meirelles Alves, Jamily de Pinho Ipiranga, Ianne Raquel Andrade dos Santos e Emilly Almeida da Penha são os influenciadores soltos após a decisão. Segundo determinação da Justiça, os investigados estão impedidos de sair de casa entre 20h e 6h, e não podem usar qualquer tipo de rede social, além de estar proibida a comunicação entre os envolvidos

De acordo com o advogado de Gleison Pereira Soares, Marco Pina, o juiz responsável determinou que não havia necessidade de manter as prisões. No entanto, os acusados ainda respondem em liberdade e devem aguardar o fim da investigação.


Seis influenciadores investigados por divulgar jogos de azar.

Seis influenciadores investigados por divulgar jogos de azar. (Foto: Reprodução/TV Globo).


“Jogo do Tigrinho”

De acordo com a Polícia Civil do Pará, após quatro meses de investigação, seis pessoas foram presas em Belém, Bragança e Castanhal, acusados de fazer parte de uma organização criminosa suspeita de promover o jogo de azar ''Fortune Tiger'', também conhecido como “Jogo do Tigrinho”, através das redes sociais.

O delegado Daniel Castro, da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM) na Polícia Civil do Pará, afirma que os influenciadores ganhavam dinheiro para incentivar os seguidores a fazerem apostas em plataformas de jogos de azar, que são ilegais no Brasil.

As investigações, que começaram após uma denúncia à Seccional do Comércio, apontam que os influencers recebiam R$ 1 mil a cada 100 pessoas que eles convenciam a jogar. Uma das vítimas afirma que ganhou cerca de R$ 400 mil no jogo de azar. No entanto, ao tentar sacar o valor, foi bloqueada no site de apostas.

De acordo com o delegado, com a divulgação destes jogos, um dos acusados teve um fluxo de mais de R$ 20 milhões.

Em declaração à TV Globo, o advogado de Gessica Meireles Alves, Ivan Mello, afirma que a acusada não tinha conhecimento de que a divulgação seria ilegal.

“Acredito que, além dela, muitas outras pessoas são aliciadas pra fazer a divulgação desse tipo de aplicativo”, declarou a defesa.

Câmara aprova proibição da divulgação

Nesta terça-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3915/23, que proíbe que os influenciadores digitais realizem publicidades não regulamentadas de jogos de azar.

O relator, Fred Linhares, defendeu o PL, que ainda está em tramitação, sob o argumento do “impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões”.

De acordo com o texto da proposta, os influenciadores devem divulgar conteúdos “educativos, positivos e não prejudiciais para a saúde mental e financeira de seus seguidores”. Para efetivar a proibição, o PL contará com o auxílio das redes sociais, que devem auxiliar na fiscalização e na remoção dos conteúdos de jogos de azar.

Após a aprovação da proposta, caso haja descumprimento, o influenciador será penalizado com advertência ou suspensão da atividade por até seis meses. Já a plataforma será multada em até 2% do faturamento.

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