Neste sábado (2), no segundo dia de ataques após uma trégua de uma semana do conflito, o governo de Israel iniciou novos bombardeios contra a Faixa de Gaza. Israel e Hamas falam sobre os motivos do colapso do acordo, mesmo que a política internacional os pressione para retomá-lo.
Bombardeios e pontos de vista
Os bombardeios deste sábado causaram nuvens de fumaça que pairam sobre Gaza. O Ministério da Saúde do território, controlado pelo movimento palestino, divulgou que, após a expiração do prazo da trégua do conflito na sexta-feira (1), cerca de 200 pessoas morreram.
Tanto Israel quanto o Hamas disseram seus motivos para romperem com o acordo. O lado israelense acusou o grupo islâmico de ameaças de ataques com foguetes e reforçou o atraso da lista de reféns que seriam libertados.
De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, o objetivo do grupo é atacar “alvos militares do Hamas em toda a Faixa de Gaza”. Por outro lado, um braço armado do Hamas, que não quis ser identificado na entrevista com uma jornalista, afirmou que recebeu “ordens para retomar o combate e defender a Faixa de Gaza”.
Pessoas saindo de Gaza à pé (Foto: reprodução/EPA/BBC Arabic)
Repercussão internacional
Os representantes internacionais que acompanham o conflito falaram sobre o rompimento do acordo e o fim da trégua. O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu na sua rede social X que lamenta “profundamente que as operações militares tenham reiniciado em Gaza”.
Já os Estados Unidos começaram a planejar como convencer aos países aliados, que estão em torno do conflito, a retomarem a trégua. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse na sexta-feira (1) que os EUA continuará “a trabalhar com Israel, Egito e Catar para reimplementar a pausa”.
Durante uma entrevista com jornalistas em Dubai, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, relatou que os Estados Unidos estão diretamente focados na libertação dos reféns em Gaza e no retorno “do processo que funcionou durante sete dias” no período da trégua do conflito.
No período de uma semana de trégua, o grupo do Hamas libertou 80 israelenses que estavam retidos. Por outro lado, Israel liberou 240 palestinos.
Foto destaque: bombardeios na Faixa de Gaza. Reprodução/Reuters/Saleh Salem.