Nesta segunda-feira (15), a Força de Defesa de Israel atacou um complexo militar do Hezbollah, grupo aliado dos iranianos que participou da ofensiva contra Israel no último sábado (13). Os caças israelenses atingiram um complexo em Meiss El Jabal e outro em Tayr Haifa, localizado no sul do Líbano. A informação foi divulgada por autoridades israelenses em uma conta no Telegram.
A operação já era esperada: o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, afirmou que o país responderia ao ataque do Irã. Em um comunicado oficial, Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra, garantiu que o país islâmico seria cobrado pela ofensiva.
Para estudar e decidir como seria a retaliação, o Gabinete de Guerra formado pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahy, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantaz, se reuniu no domingo (14). Inicialmente, Benjamin Netanyahu tentaria uma ação coordenada com os Estados Unidos, mas o país norte-americano informou que não participaria de um ataque contra o Irã.
Apoio internacional
Logo após o ataque feito pelo Irã, a Casa Branca divulgou uma nota reforçando o apoio dos EUA ao país aliado. “Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão sua defesa contra essas ameaças do Irã”, disse o comunicado. Em uma nota oficial, o Irã advertiu o país norte-americano: "advertimos o governo terrorista dos Estados Unidos que qualquer apoio ou participação no ataque aos interesses do Irã terá uma resposta feroz das Forças Armadas do Irã".
EUA afirma que não busca escalada de tensões, mas seguirá apoioando Israel (Foto:reprodução/Getty Images Embed)
Outros países também demonstraram apoio a população de Israel. Os líderes do G7 expressaram solidariedade e reiteraram o compromisso em manter a segurança do país, condenando a ação iraniana. O governo italiano, por meio da primeira-ministra Giorgia Meloni, também se posicionou a favor de Israel e condenou o ataque iraniano.
Entenda o ataque do Irã contra Israel
Em um ataque inédito por parte do país islâmico, Irã e aliados enviaram mísseis e drones em direção ao território do Estado judaico. Boa parte dos drones e mísseis foi interceptado no caminho por aeronaves de Israel, EUA, Reino Unido e Jordânia.
O próprio ataque do Irã foi uma retaliação a um bombardeio na embaixada do país na Síria, em 1º de abril, cuja autoria foi atribuída a Israel. No episódio, sete membros da Guarda Revolucionária foram mortos.
População demonstra apoio ao ataque do Irã contra Israel (Foto:reprodução/Atta Kenare/AFP/ O Globo)
Após o ataque, apoiadores saíram às ruas de Teerã para comemorar. Outra parte da população entrou em pânico com medo da resposta de Israel, e filas de carros se formaram em frente a postos de gasolinas e supermercados com os cidadãos buscando estocar alimentos e combustível.
De acordo com o chefe do Estado-Maior iraniano, major-general Mohammad Bagheri, autoridades do país estavam satisfeitas com a ofensiva e não teriam intenção de seguir com as operações. Contudo, militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior em caso de contra-ataque israelense.
Foto destaque: Israel coordenada ataque-resposta contra aliado do Irã (Reprodução: Getty Images Embed)
