Segundo a agência de notícias Tass, O parlamentar russo que participa das negociações com a Ucrânia disse que as conversas são difíceis e acusou os representantes de Kiev de “recuar” em acordos existentes, informou nesta quinta-feira (05) de maio. “Sou um dos quatro negociadores do lado russo. No entanto, é difícil negociar. Os ucranianos chegam a um acordo e depois recuam”, declarou o negociador Leonid Slutsky, segundo a Tass.
Militares ucranianos na linha de frente na região de Donbass, leste da Ucrânia (Reprodução: CNN/Foto: Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty)
O primeiro encontro entre a Ucrânia e Rússia aconteceu em 28 de fevereiro, quatro dias após o início da invasão. Sem acordo, outras reuniões foram realizadas e, no dia 26 de abril deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as conversas mudaram “drasticamente” após acusações de crimes de guerra na cidade de Bucha.
Na última semana, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as negociações de paz com a Rússia correm risco de serem encerradas.
Mesmo assim, após intenso debate, houve avanço na retirada de civis da usina de Azovstal, na cidade de Mariupol. Isso aconteceu após o secretário-geral da ONU, António Guterres, se encontrar como presidente da Ucrânia Zelensky quanto com o presidente da Rússia Vladimir Putin.
A evacuação foi feita com ajuda das Nações Unidas em conjunto com a Cruz Vermelha, mas ainda há civis ucranianos presos na siderúrgica, de acordo com militares.
“A situação é extremamente terrível para os civis. Estamos vendo as pessoas que saíram não apenas que precisam obviamente de ajuda médica. Eles estão desidratados, eles não têm comida. O impacto psicológico que essas pessoas têm que lidar, o trauma que viveram, é algo para o qual precisam de apoio imediato e provavelmente precisarão de apoio nas próximas semanas”, afirmou Stéphane Dujarric.
Foto Destaque: Parlamentar russo Leonid Slutsky (Reprodução: Istoe dinheiro)