Na última quinta-feira (6), o governo federal anunciou algumas mudanças com o intuito de diminuir a inflação sobre o setor alimentício. A decisão, que aguarda aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), foi acordada após encontros realizados entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e empresários do setor.
Uma das medidas propostas foi a de zerar a tarifa de importação de alguns produtos. Com isso, caso o pacote seja aprovado, diversos gêneros alimentícios, como carnes e grãos, terão seu preço reduzido.
Questionado sobre os impactos da alíquota zero para os produtores locais, Alckmin afirmou que a não taxação de produtos estrangeiros não irá afetar a realidade dos produtores nacionais. “Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores”, declarou o vice-presidente.
Quais alimentos teriam baixa no preço?
A lista de produtos divulgada pelo governo federal apresenta 9 itens, que, atualmente, possuem tarifas que variam de 7 a 32%. São eles: café (alíquota de 9%), açúcar (14%), biscoitos (16,2%), milho (7,2%), óleo de girassol e azeite de oliva (ambos com 9%), sardinha (alíquota de 32%), carne (10,8%) e massas alimentícias (14,4%).
O pacote de medidas anunciado pelo governo visa combater a inflação de alguns alimentos (Vídeo: Reprodução/YouTube/@cnnbrasil)
Outras medidas anunciadas
As propostas divulgadas também abrangem a inspeção de alimentos no país. O governo pretende fortalecer o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), com o intuito de permitir que a avaliação da qualidade do produto seja feita não mais de forma nacional, mas pelos próprios municípios. Tal medida irá permitir a circulação mais rápida de produtos como ovos e carnes dentro do país.
O fortalecimento da produção nacional de alimentos que compõem a cesta básica também foi divulgado. Segundo o anúncio do governo, os subsídios fornecidos pelo Plano Safra serão, em grande parte, voltados para esses produtos.
O fomento de estoques reguladores, locais onde são armazenados alimentos que, por apresentarem baixo preço, são adquiridos pelo próprio governo federal, também foi anunciado. Por fim, o pacote aborda uma maior divulgação de produtos alimentícios, estabelecida por uma possível parceria entre governo e comerciantes.
De acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, as medidas deverão ser aprovadas em alguns dias.
Foto destaque: Vice-presidente Geraldo Alckmin (Reprodução/Instagram/@geraldoalckimin_)