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Governo Bolsonaro financiou viagens de indiciado por golpe para atacar urnas eletrônicas

Ministério de Marcos Pontes gastou R$ 7,7 mil em viagens de Carlos Rocha, indiciado por atacar a democracia e divulgar desinformação sobre urnas

01 Dez 2024 - 20h46 | Atualizado em 01 Dez 2024 - 20h46
Governo Bolsonaro financiou viagens de indiciado por golpe para atacar urnas eletrônicas Lorena Bueri

Em 2021, o Ministério da Ciência e Tecnologia, sob o comando de Marcos Pontes, pagou R$ 7,7 mil em viagens urgentes para o engenheiro Carlos Rocha, um dos indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. As viagens ocorreram em julho de 2021 e, segundo a Polícia Federal (PF), estavam ligadas a um movimento para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, com base em informações falsas.

Defesa do "voto auditável" como objetivo das viagens

De acordo com os registros do Ministério, as viagens tinham como justificativa a apresentação de um relatório feito por uma associação que defendia o "voto auditável" — uma tese que já havia sido amplamente refutada. No entanto, a PF destaca que essas viagens aconteceram em um momento crítico, em que o então presidente Bolsonaro, em uma live transmitida em 29 de julho, fazia ataques às urnas eletrônicas e defendia mudanças no sistema eleitoral. No encontro em Brasília, Rocha esteve com Marcos Pontes, Bolsonaro e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, que também são indiciados no inquérito.

Relações políticas e financiamento pelo PL

Embora Marcos Pontes não tenha sido indiciado, ele foi citado no inquérito por sua indicação de Rocha ao presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto. Rocha foi contratado pelo PL para fazer um relatório que alegava, sem provas, irregularidades no segundo turno das eleições de 2022. Segundo a PF, Rocha estava ciente de que não havia fraudes, mas mesmo assim fez o material com o objetivo de incitar a desinformação e questionar os resultados eleitorais.


Carlos Rocha, à direita, e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, à esquerda, durante uma coletiva (Foto: reprodução/CNN)


A tentativa de desacreditar as urnas eletrônicas foi parte de um movimento mais amplo, envolvido em um plano para contestar os resultados das eleições e questionar a democracia brasileira, o que levou ao indiciamento de Rocha e outras 36 pessoas, incluindo Bolsonaro e seus aliados.

Foto destaque: Jair Bolsonaro durante um evento na Flórida, EUA (Reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

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