Durante todo o processo de compra do Twitter por Elon Musk, o ex-diretor executivo e fundador da rede social, Jack Dorsey, ofereceu seu apoio e acompanhou tudo bem de perto.
Hoje em dia, Jack está mais interessado na promoção de seu novo projeto, o Bluesky, mas não poupa críticas ao novo dono da rede social do passarinho e também bilionário da Tesla. Na última sexta-feira (28), Dorsey postou diversos comentários na Bluesky, que ainda está em fase de testes, concluindo que depois da aquisição de Musk "tudo foi por água abaixo".
Elon Musk comprou o Twitter por US$44 bilhões. (Foto: Reprodução/Instagram)
Jack se isentou da culpa da rede social estar num momento ruim: "toda empresa está à venda para quem oferece mais", explicou num comentário e continuou: "Fui otimista? Sim. A última palavra foi minha? Não.
No andar desse processo de compra, a diretoria do Twitter teve a chance de encerrar as negociações, já que Elon Musk havia tentado voltar atrás na oferta de US$44 bilhões (cerca de R$221 bilhões), mas ao invés disso, a mesma diretora decidiu ir à justiça para garantir que Musk cumprisse a promessa desse valor. Dorsey disse ainda que gostaria que o conselho desistisse de forçar a venda. A nova rede social de Dorsey começou a ser desenvolvida enquanto ele ainda estava na direção executiva do Twitter e contou com investimentos do próprio.
O jornal americano "Washington Post" chegou a pedir que Musk respondesse aos comentários de Dorsey, mas ele não se manifestou, porém, mais tarde esteve no programa de Bill Maher na HBO, onde concedeu uma entrevista de 20 minutos em que acabou falando sobre o futuro do Twitter, que segundo ele está "prestes a chegar à falência" e que por isso teve que "tomar uma ação drástica e que não havia outra escolha".
Elon Musk já diminuiu em 80% o número de funcionários, usuários passaram a ter que pagar uma assinatura para ter o símbolo de verificado da rede, pois acredita que os selos de verificação foram distribuídos como se fossem marcas de aprovação ideológica das opiniões de cada usuário. E o mais grave de todas essas ações foi dar a um grupo pequeno e seleto de jornalistas, o acesso ao Twitter Files, o que acabou por escancarar um verdadeiro escândalo em que universidades, ONGs, agências estatais e também redes sociais colaboraram com a censura na internet.
Na semana passada, o Twitter comunicou que fará a monetização de criadores de conteúdo de uma forma diferente, e publicações poderão vender artigos de maneira individual. No Brasil, nada mudou, pelo menos por enquanto.
Foto destaque: Jack Dorsey, fundador do Twitter. Reprodução/Divulgação