O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (27) um avanço significativo em suas operações no leste da Ucrânia, com a captura da vila de Severne, próxima a Avdiivka, uma cidade ucraniana que caiu sob controle russo no início deste mês. De acordo com o comunicado oficial, as forças russas não só conquistaram Severne, mas também consolidaram posições estratégicas e realizaram ataques contra concentrações de tropas e equipamentos ucranianos em áreas próximas a três outros assentamentos.
Cidade em destroços na Ucrania (Foto: reprodução/X/@@UKRinBRA)
Reivindicações e dificuldade de verificação independente
O portal de notícias Reuters, no entanto, não conseguiu verificar de forma independente as alegações feitas pelo Ministério da Defesa russo sobre as atividades no campo de batalha. A captura de Avdiivka, após meses de confrontos, representa um dos ganhos mais significativos da Rússia desde a tomada da devastada cidade de Bakhmut, em maio do ano passado. Além disso, as autoridades russas afirmaram ter destruído um tanque Abrams fornecido pelos Estados Unidos, em um evento relatado por autoridades instaladas pela Rússia na Ucrânia um dia antes.
Desafios para a Ucrânia e retirada estratégica
A Ucrânia, que enfrentou sucessos consideráveis em 2022 na resistência ao avanço russo, tem enfrentado recentes contratempos nos campos de batalha do leste, com relatos de escassez de armas e munições por parte de seus generais. Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território internacionalmente reconhecido da Ucrânia. Em resposta aos avanços russos, as forças ucranianas confirmaram na segunda-feira (26) a sua retirada da aldeia de Lastochkyne, próxima a Avdiivka, em uma medida estratégica destinada a conter o avanço das forças russas em direção ao oeste.
Esses recentes desenvolvimentos destacam a escalada contínua do conflito no leste da Ucrânia, com ambas as partes buscando vantagem tática enquanto a comunidade internacional continua a buscar formas de promover uma resolução pacífica para a crise.
Foto destaque: soldado em cidade destruída na Ucrania (Reprodução/CNN/Serhii Nuzhnenko/Reuters)