" A festa poderia ter virado um enterro", é o que diz uma máxima popular e ela exemplifica bastante os planos que fizeram para o dia 1° de janeiro do início deste ano.
"Havia realmente atos preparatórios para a execução de um tiro que provavelmente ia ser um tiro no dia da posse", declarou o ministro da Justiça e Segurança Pública brasileira, Flávio Dino, sobre um atentado para matar o presidente Lula. Essa notícia caiu como uma bomba no colo dos brasileiros. Com base na polaridade que vivemos - e ainda estamos vivendo - nos últimos anos era de se esperar que algo desse nível pudesse ser arquitetado,mas quando a realidade bate à porta, o choque é o que resta.
De acordo com declarações feitas por Dino, nesta sexta (24), para o Estadão, mensagens encontradas pela polícia sugerem uma preparação para disparar contra o presidente na frente do país inteiro, em Brasília. O suposto autor dos tiros estava fazendo treinos e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. George Washington de Oliveira Sousa foi preso após uma descoberta de uma bomba em um caminhão-tanque nas redondezas do aeroporto da capital do Brasil.
"Lula estava sob uma ameaça real", enfatizou o ministro.
No histórico de pesquisa, George procurou as melhores formas de disparar contra o presidente e os melhores instrumentos que seriam utilizados para executar o plano. Apesar dessa revelação bombástica, sabemos que os planos foram frustrados e que a posse foi perfeitamente executada. Lula e Janja, a primeira-dama, desfilaram em um carro aberto diante de todos os presentes e a cerimônia foi linda e muito comentada pelo mundo. O evento estava coberto por forte esquema de segurança.
O presidente Lula se tornou alvo de apoiadores de seu adversário, Jair Messias Bolsonaro, porque de acordo com as crenças bolsonaristas, seu governo iria instaurar o comunismo no Brasil. E para esses "crentes "medidas deveriam ser tomadas para impedir o caos na nação. A eleição democrática de Luís Inácio Lula Da Silva inconformou milhares de bolsonaristas. Com 50,9% dos votos, o candidato do PT conseguiu causar uma revolta pelo território nacional. Dias após a posse dele, milhares de inconformados se reuniram nas ruas e, no dia 8 de janeiro, vandalizaram a sede dos Três Poderes sob o falso pretexto da liberdade de expressão.
Foto destaque: O presidente Lula, a primeira dama Janja, Lu e Geraldo Alckmin no carro a céu aberto acenando para os presentes no dia da posse. (Reprodução/ G1globo)