Nesta segunda-feira, (23), o exército de Israel emitiu um alerta aos cidadãos libaneses próximos às posições do Hezbollah avisando que se afastassem do local. Pouco depois, Israel realizou uma rodada de ataques aéreos na área libanesa, resultando na morte de 50 pessoas até o momento.
O contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz israelense, declarou: "Aconselhamos os civis das populações libanesas localizadas dentro e perto de edifícios e áreas usadas pelo Hezbollah para fins militares a partirem imediatamente. [As forças israelenses] realizaram bombardeios mais extensos e precisos contra alvos terroristas enraizados em todo o Líbano."
Boa parte do alerta israelense chegou à população civil libanesa quando os jatos já sobrevoavam o país. Segundo o chefe da operadora de telecomunicações libanesa, Ogero, mais de 8 mil ligações foram feitas por Israel solicitando a evacuação de civis.
Número de mortos
De acordo com a agência oficial libanesa ANI, “mais de 80 bombardeios” ocorreram no sul do Líbano nesta segunda-feira. O Ministério da Saúde libanês relatou que, além dos 50 mortos, pelo menos 300 pessoas ficaram feridas, entre mulheres, crianças e trabalhadores de saúde.
Hezbollah (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)
Israel e Hezbollah
A escalada de violência entre Israel e o Hezbollah atingiu o ponto mais alto desde a guerra em Gaza na semana anterior. O Hezbollah lançou centenas de foguetes do sul do Líbano em direção ao norte de Israel, atingindo áreas civis, incluindo Haifa, a terceira maior cidade do país. Após o bombardeio, Naim Qassem, vice-líder do Hezbollah, declarou que o conflito havia entrado em "um novo estágio".
Sabe-se que desde do dia 8 de outubro de 2023, que o Líbano dispara contra Israel em solidariedade aos ataques israelenses contra Gaza. Enquanto os dois países permanecem em guerra, em Beirute, que vive sob o fogo cruzado entre os dois países, segue tentando ao máximo diminuir o impacto dos ataques.
O Ministério da Saúde do país, solicitou que hospitais do sul cancelassem cirurgias eletivas para que os médicos fiquem disponíveis aos atendimentos de urgência após bombardeios.
Foto destaque: Libano Israel (Reprodução/AFP/Getty Images Embed)
