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Ex-funcionário da Voepass revela manutenção irregular em aviões da empresa

Em relato, o mecânico contou que, de forma irregular, alguns aviões sucateados tinham suas peças reaproveitadas durante a manutenção de aeronaves ativas

17 Mar 2025 - 14h25 | Atualizado em 17 Mar 2025 - 14h25
Ex-funcionário da Voepass revela manutenção irregular em aviões da empresa Lorena Bueri

Semana passada, na terça-feira (11) a agência reguladora ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu as operações da Voepass Linhas Aéreas, alegando negligência ao fiscalizar e resolver irregularidades de segurança dos aviões da empresa.

Com problemas com a frequência de voos e o tempo entre manutenções, a suspensão é provisória, mas deve ser retirada apenas quando a empresa Voepass comprovar estar na linha com as regulamentações e garantir toda e qualquer forma de segurança exigida.

No mesmo dia, a Voepass divulgou uma nota oficial sobre o ocorrido.

Após a edição mais recente do Fantástico, no domingo (16), em entrevista, um ex-funcionário da Voepass contou sobre alguns problemas na manutenção da aeronave ATR-72-500, responsável por um acidente em Vinhedo, no ano passado. O mecânico afirmou como este mesmo avião “sempre dava problemas” e independente dos riscos, a aeronave continuava em operação a mando de seus superiores. O caso de Vinhedo é investigado pela Cenipa, um centro de prevenção para acidentes aeronáuticos.


Pronunciamento oficial da Voepass (Foto: reprodução/Instagram/@voepassoficial)


Aviões sucateados

Em seu relato, o mecânico, ex-funcionário não identificado, disse ainda que mesmo depois do acidente, a aeronave não teve procedimentos de revisão. De forma irregular, alguns aviões sucateados tinham suas peças reaproveitadas durante a manutenção de aeronaves ainda ativas e, embora a prática de desmonte não seja perigosa, a forma em que Voepass usava esse recurso trouxe problemas muito maiores.

“A Voepass não dá suporte nenhum para a gente da manutenção. Não só de materiais, de componentes que vão ser postos nos aviões, colocados para manutenção, como ferramentas, tudo”, contou o mecânico ao Fantástico. “A manutenção sabia que o avião estava ruim, a manutenção reportava, falava, avisava, e eles [a cúpula da empresa] queriam obrigar a gente a botar o avião para voar” disse ele em seguida.

A manutenção incorreta também não foi o único problema reportado. A empresa também foi acusada por arrendadores, afirmando que aeronaves alugadas tinham componentes essenciais faltando e que em dois modelos semelhantes à aeronave ATR-72-500, estavam desinstalados três motores.


Aeronave da Voepass (Foto: reprodução/TV Globo)


Mensagens reveladas em um grupo de tripulantes continham informações até de portas que não fechavam completamente.

Declaração e acidente anterior

A Voepass em declaração após a matéria do Fantástico, reiterou que durante os 30 anos da empresa, a segurança dos passageiros sempre foi prioridade e seguirá assim. Sobre a prática de desmonte, disse que segue os protocolos, procedimentos e que as aeronaves sucateadas tem certificado de aeronavegabilidade e todos os seus componentes são rastreados de forma correta, levando a possibilidade, sem erros, para serem usados para outros aviões.

Em 9 de agosto de 2024, a aeronave ATR 72-500 saiu de Cascavél, Paraná, e após uma curva brusca, ao perder altitude, caiu em Vinhedo, no Interior de São Paulo. Ao todo, 62 pessoas foram mortas no acidente, sendo cinquenta e oito passageiros e quatro tripulantes.

Com a suspensão da Voepass, a companhia aéras Latam assumirá alguns voos de Ribeirão Preto a São Paulo. É possível encontrar mais informações no site da empresa.

Foto Destaque: Avião com logotipo da empresa Voepass (Reprodução/Voepass)

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