Em 2018, a morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes ocorreu no Centro de Rio de Janeiro, próximo a prefeitura da cidade e com uma investigação demorada e cheia de reviravoltas. O Fantástico mostrou quais foram os motivos que atrasaram na investigação desse caso e como a resolução resultou na prisão dos mandantes do crime e ex-chefe da Polícia Cívil do Rio de Janeiro.
Testemunha plantada, troca de investigadores e obstruções são algumas das razões que demoraram para solucionar o caso da vereadora conhecida no Rio de Janeiro. O ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa assumiu a chefia um dia antes da morte e foi preso neste domingo (24) pela Polícia Federal junto com o Chiquinho Brazão, deputado federal, e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ)
Marielle Franco e Anderson Gomes (Foto: reprodução/Instagram/@marielle_franco)
Investigação final
Quando assumiu o posto, Rivaldo declarou no inicio do caso que “A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro tem a competência e a credibilidade de dar uma resposta necessária suficiente a esse crime”. O ex-chefe é suspeito de participar ativamente do plano, obstruir as investigações do assassinato e prometeu imunidade aos mandantes.
No entanto, de acordo com a Policia Federal, o crime foi idealizado pelos irmãos Brazão e “meticulosamente planejado” pelo delegado. A informação está no relatório em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expede os mandatos de prisão.
Repercussão nacional e internacional
No vídeo feito pelo Fantástico, a investigação e a visibilidade sobre o assassinato de Marielle Franco retratam várias reviravoltas no caso e surpresas, como:
- A câmera que poderia ter registrado o ataque estava desligada;
- O carro usado no crime desapareceu;
- As armas nunca foram encontradas;
- Testemunha plantada;
- Mudança de delegados por interferência interna;
- Nunca foram encontradas imagens dos assassinos.
A sequência dos eventos investigativos mostra como evidencias falsas deixaram a polícia em descrédito. Ainda que levassem aos autores do crime, uma testemunha falsa mudou a rota da investigação. Além dos mandantes, o inquerito revela uma resposta à pergunta feita por mais de 6 anos: Quem mandou matar Marielle Franco?
Foto destaque: da esquerda para a direta, Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa (reprodução/Portal da Câmara dos Deputados/Metrópoles/Linkedin Rivaldo Barboza)