Nesta segunda-feira (31), Rússia e EUA trocaram farpas no Conselho de Segurança das Nações Unidas devido a implementação de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Sanções ja são discutidas pelo ocidente para tentar evitar um conflito na Europa. Diante das movimentações russas que aumentam a escalada de tensão entre os países, os EUA estão dispostos a desmentir qualquer "desinformação" de Moscou em uma das sessões da ONU.
Tanque russo T-72B3 dispara durante exercícios militares na região de Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia, em 12 de janeiro de 2022. Foto:Reprodução: AP.
A reunião foi convocada pelos EUA, e ocorre durante o crescente medo de uma invasão russa na Ucrânia, embora o Kremlin ainda negue energeticamente que haverá invasão. Em um comunicado publicado após o início da reunião, o presidente dos EUA, Joe Biden alertou a Rússia de que um abandono na via diplomática terá "consequências severas".
"Se a Rússia for sincera na abordagem das nossas respectivas preocupações de segurança por meio do diálogo, os Estados Unidos e nossos aliados e sócios continuarão participando de boa fé", disse Biden em um comunicado. "Se, em vez disso, a Rússia escolher se distanciar da diplomacia e atacar a Ucrânia, a Rússia assumirá a responsabilidade e enfrentará consequências rápidas e severas", acrescentou.
A Rússia tentou impedir que os 15 membros do Conselho da ONU dessem sinal verde a essa reunião. O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya acusou os EUA de tentar "gerar histeria".No entanto, a embaixadora de Washington na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a concentração de tropas de Moscou justifica a sessão.
"Esta é a maior (...) mobilização de tropas na Europa em décadas", disse a embaixadora. "E enquanto falamos, a Rússia segue enviando mais efetivos e armas" para reforçá-las.
Linda relembrou a invasão russa a Criméia em 2014, apontando similaridades na atuação das tropas russas. E terminou acusando a Rússia de estar planejando enviar 30.000 efetivos militares a Belarus nas próximas semanas como parte do teatro velado de ameaças a Ucrânia.
Foto Destaque: Embaixador Russo, Vasily Nebenzya. Reprodução: AP.