Nesta quinta-feira (13), o presidente norte-americano Donald Trump deve anunciar um novo decreto contendo tarifas recíprocas para países que cobram taxas de importação dos Estados Unidos. Com essa medida, o governo pretende limitar a concorrência de produtos estrangeiros no país e assim fortalecer a economia interna.
Além disso, Trump afirma que a adoção de tarifas busca combater o déficit na economia dos Estados Unidos, sendo aplicada naquelas nações onde a balança comercial estadunidense é desfavorável (ou seja, o gasto na compra de produtos de outros países supera o da exportação americana).
Problemas fronteiriços, como a entrada ilegal de imigrantes e até o tráfico de opióides, como o fentanil, também motivaram a implementação de novas medidas comerciais.
Tarifas e o governo de Donald Trump
Desde o início de seu segundo mandato, ocorrido em 20 de janeiro, Donald Trump demonstrou que iria realizar mudanças na dinâmica comercial do país. Sua primeira ação nessa área ocorreu no início de fevereiro, quando foi anunciado que as taxas de importação dos produtos originários do México e do Canadá, importantes parceiros comerciais dos EUA, seriam fixadas em 25%. A ação, porém, foi suspensa por 30 dias após um acordo entre os países.
Junto a essa medida, também ficou estabelecido que os Estados Unidos passariam a aplicar uma taxação de 10% aos produtos chineses. Em resposta, a China impôs taxas às importações americanas, que variam de 10% a 15%.
Trump também declarou interesse em taxar a União Europeia, sem, no entanto, apontar quando isso iria ocorrer.
A última taxação dos Estados Unidos aconteceu na última segunda-feira (10), na qual o presidente estabeleceu que, a partir de 12 de março, todas as importações de aço e alumínio serão taxadas em 25%.
Consequências
Economistas de diversos países apontam receio de uma possível guerra comercial provocada pelas medidas norte-americanas. Como impacto, é apontado o aumento da inflação nos Estados Unidos, uma vez que, ao elevar a taxação das importações, ocorre a redução de insumos básicos no país. Assim, é gerado um aumento do preço dos demais produtos em circulação.
Brasil é um dos afetados pela taxação de aço e alumínio proposta pelo governo dos Estados Unidos (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL)
Por ser o segundo maior fornecedor de aço e ferro dos EUA, o Brasil pode sofrer com impactos econômicos a partir do decreto de Trump. Uma outra consequência para o país é o aumento da oferta de produtos chineses, que irão buscar outros mercados para não sofrerem com a taxação norte-americana.
Foto Destaque: Presidente norte-americano Donald Trump promete novas tarifas recíprocas para nações que taxam produtos dos Estados Unidos (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)