O governo sul-coreano informou nesta terça-feira (11) que está em busca de um diálogo com os EUA para tratar das tarifas impostas na exportação de aço e de alumínio. A decisão tomada pelo governo americano, reativada pela administração do presidente Donald Trump, está preocupando as empresas da Coreia do Sul, que estão apreensivas com os prejuízos comerciais.
O presidente interino, Choi Sang-Mok, afirma que fará um esforço total para tentar construir laços mais firmes com Washington e garantir que os interesses dos empresários do ramo no país sejam levados em consideração. O país foi o quarto maior exportador de aço para os EUA no ano de 2024, ficando atrás apenas do Canadá, México e Brasil, de acordo com dados da American Iron and Steel Institute.
A missão empresarial dos EUA
Como resposta a tarifa, um grupo de 20 executivos de grandes conglomerados sul-coreanos planejam visitar os Estados Unidos muito em breve, visando reforçar suas negociações de forma direta com as autoridades norte-americanas e avaliarem algumas possíveis estratégias para diminuir os impactos da medida.
Além do diálogo, a Coreia do Sul também pretende coordenar ações com alguns outros parceiros internacionais que foram afetados, como União Europeia e Japão. A decisão de Trump está levando países exportadores a buscarem soluções para evitar prejuízos às suas indústrias siderúrgicas.
Publicação de Donald Trump (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)
Impacto econômico e reações
A retomada das taxas sobre o alumínio e o aço, originalmente implementadas durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, pode trazer impactos significativos ao comércio global. Empresas sul-coreanas do setor temem que a medida afete sua competitividade no mercado, principalmente no americano, que representa uma expressiva fatia de seus faturamentos.
A resolução de Washington também pode afetar a relação desses dois aliados, visto que o Governo da Coreia do Sul tem sido um colaborador estratégico aos EUA em assuntos envolvendo defesa econômica.
No entanto, eles estão bastante otimistas com as tratativas diplomáticas, pois acreditam que tais ações podem reverter ou, ao menos, atenuar os impactos, prevenindo danos significativos.
Foto Destaque: bandeiras Coreia do Sul e EUA (Reprodução/Investing.com)