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Disparidade salarial aumenta e mulheres passam a receber 20,7% a menos que os homens

Segundo relatório do Ministério do Trabalho, disparidade salarial aumentou 1,3% desde março. Governo anuncia plano com projetos para igualdade salarial

18 Set 2024 - 15h08 | Atualizado em 18 Set 2024 - 15h08
Disparidade salarial aumenta e mulheres passam a receber 20,7% a menos que os homens Lorena Bueri

A disparidade salarial entre homens e mulheres aumentou no Brasil. É o que destaca o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego, publicado nesta quarta-feira (18). Segundo o relatório, em média, as mulheres recebem 20,7% a menos que os homens no setor privado. No registro anterior, em março, o número era de 19,4%. Portanto, houve um aumento de 1,3%.

A pesquisa ouviu 50.692 empresas que contém 100 ou mais empregados, levando o número total de 18 milhões de trabalhadores. O resultado da pesquisa deixou claro uma enorme diferença salarial entre homens e mulheres: no setor privado, a média salarial dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto as mulheres recebem, em média, R$ 3.565,48. Em posições de direção ou gerência, é ainda mais notável a diferença salarial: os homens recebem, em média, 27% a mais do que as mulheres que trabalham nos mesmos cargos.

Disparidade maior para mulheres negras

Quando é avaliado a média de renumeração por raça e gênero, a disparidade chega a ser mais gritante. Segundo a pesquisa, homens não negros tem o rendimento de, em média, R$ 5.464,29, enquanto mulheres negras recebem R$ 2.745,76, em média. Este valor representa a metade (50,2%) dos rendimentos de um homem não negro. Uma mulher não negra recebe, em média, R$ 4.249,71. O rendimento de uma mulher negra equivale apenas a 64% de uma não negra.


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Mulheres negras recebem menos em média (Foto: reprodução/DRS Produções/Getty Images Embed)


O relatório aponta, também, que as empresas não se esforçam como deveriam para a contratação de mulheres negras. Apenas 27,9% das empresas têm política de incentivo à contratação de mulheres negras, e quase metade delas (42,7%), possuem 10% ou menos de mulheres negras ou pardas entre o quadro de funcionários.

Existem barreiras naturais que impedem mulheres de se sobressair no mercado de trabalho, como é revelado na pesquisa, e estas barreiras são ainda mais altas quando se fala de mulheres negras.

Plano de ação do governo

Com 79 projetos para a igualdade salarial, o governo lançou o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Homens e Mulheres, para tentar combater essa desigualdade brutal.

Entre os projetos estão a capacitação de mulheres jovens e a inclusão do tema nas negociações sindicais. O objetivo é a criação de um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo. 

Foto Destaque: diferença salarial (Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil)

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