A taxa de desemprego entre jovens no Brasil atingiu o menor patamar desde 2013, segundo MTE; a impulsão de políticas públicas de inclusão colabora para a retomada econômica nacional. O desemprego entre os jovens brasileiros apresenta uma tendência de queda significativa nos últimos anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no quarto trimestre de 2024, a taxa de desocupação para a faixa etária de 18 a 24 anos foi de 13,4%, o menor índice desde 2013, quando registrou 12,8%.
Houve um aumento 12,29% nas contratações em relação ao mesmo período do ano anterior, recorrente do Programa de Aprendizagem Profissional, que alcançou um recorde histórico em outubro de 2024, com 647.469 jovens inseridos no mercado de trabalho.
Em comparação com o mesmo período de 2019, onde o número de jovens desempregados era de 4,8 milhões, o número reduziu pela metade no quarto trimestre de 2024, alcançando 2,4 milhões.
Fatores que contribuem para a redução
A diminuição do desemprego entre os jovens pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo políticas públicas voltadas para a inclusão no mercado de trabalho e programas de qualificação profissional.
Além disso, a retomada do crescimento econômico e a criação de novas vagas de emprego contribuíram para a absorção de jovens no mercado de trabalho. Setores como a indústria têm se destacado na geração de empregos para essa faixa etária, com 36.480 vagas abertas para aprendizes em 2024.
Jovem ambiente de trabalho (Foto: reprodução/MoMo Productions/Getty Images Embed)
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as ocupações mais frequentes entre os jovens são auxiliar de escritório, vendedor de comércio varejista e, por fim, assistente administrativo.
Operadores de telemarketing representam 67,1% das pessoas de até 24 anos contratadas em regime CLT, recebendo um salário médio de R$ 1.491,63, menos que a média salarial da mesma faixa, que corresponde a R$ 1.854,01.
Desafios persistentes e perspectivas futuras
Apesar da queda nas taxas de desemprego, os desafios persistem. O número de jovens que não estudam nem trabalham, conhecidos como "nem-nem", ainda é significativo. Em 2023, 21,2% dos brasileiros entre 15 e 29 anos estavam nessa condição, totalizando 5,3 milhões de pessoas.
Especialistas alertam que, para manter a tendência de redução do desemprego juvenil, é essencial continuar investindo em políticas públicas que promovam a inclusão social e econômica dos jovens, especialmente daqueles em situação de vulnerabilidade. A ampliação de programas de qualificação e a criação de oportunidades de emprego são fundamentais para garantir um futuro promissor para a juventude brasileira.
Foto destaque: carteira de trabalho (reprodução/XM4THX/Adobe Stock)