Defesa de Daniel Alves apostou em utilizar a versão de que o jogador estava embriagado na boate quando aconteceu o episódio de estupro em que está sendo acusado. Esta tática foi usada desde o início do julgamento de Alves, que começou na segunda-feira (05) e terminou nesta quarta-feira (07).
A versão de defesa do jogador
Na Espanha, existem dois artigos no Código Penal que dizem que se caso o autor do crime estiver alterado devido à bebidas alcóolicas, o transtorno mental pode ser um fator atenuante. Dessa forma possibilita que a embriaguez seja um fator influente em caso de agressão sexual. Por não existir especificação sobre estupro nesses códigos, o julgamento de Daniel está baseado no crime de agressão sexual.
Julgamento de Daniel Alves (Foto: reprodução/CNN Brasil)
Essa versão foi utilizada por todos da defesa de Daniel que prestaram depoimento, a esposa, a advogada, os amigos e o psicólogo que o acompanhou no ano passado. Joana Sanz, cônjuge do ex-jogador, disse que ele chegou em casa muito embriagado, chegou a chocar-se contra o armário e cair na cama. Ela foi uma das 28 testemunhas que foram convocadas para o julgamento.
Depoimento do médicos
Segundo a TVE, o professor de direito penal e criminologia da Universidade Nacional de Educação à Distância (Uned), Sergio Arroyo, comentou que esse argumento é comumente utlizado nestes casos na Espanha. "Mas esse estado tem de ser demonstrado e comprovado, o que pode ser feito através de gravações que mostrem os movimentos do acusado, relatos e até um registro de sua consumação", disse Arroyo. Os investigadores analisaram a nota fiscal e a cartela de consumo do jogador na boate naquela noite e de acordo com eles, ele não estava totalmente embriagado.
Nesta quarta-feira, os médicos prestaram depoimento e disseram ter encontrado o DNA de Daniel Alves no material coletado para análise do caso. A investigação foi feita no ano passado e a imprensa espanhola disse que foi encontrado sêmen do ex-jogador nos exames feitos na jovem que o acusa de estupro.
Foto destaque: defesa do ex-jogador utiliza versão de embriaguez no julgamento (Reprodução/Jovem Pan)