Em Quebec, uma província do Canadá, apenas 12,8% da população não estão vacinados contra a Covid-19. Apesar do número baixo, esses moradores representam quase a metade dos casos de busca hospitalar por sintomas decorrentes do novo coronavírus. O primeiro-ministro de Quebec, François Legault, divulgou que haverá uma espécie de "imposto de saúde" para os moradores que não estiverem vacinados. Com isso, será cobrada uma taxa extra onde o valor ainda não foi decidido. “É uma questão de justiça para 90% da população”, disse Legault.
O primeiro-ministro de Quebec, François Legault. (Foto: Reprodução/Paul Chiasson/ The Canadian Press)
Através de uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro disse de forma preliminar que espera que as pessoas que não foram imunizadas com a primeira dose da vacina fiquem atentas e se conscientizem sobre a pandemia. Na última terça-feira (11), o número total de óbitos por covid em Quebec chegou a 12.028, com 62 mortes confirmadas em um período de 24 horas. Foram registrados também 8.710 novos casos do novo coronavírus. A província hoje possui 2.742 pacientes com Covid-19 hospitalizados, incluindo 244 em tratamentos com terapia intensiva. A porcentagem de pacientes com Covid-19 em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) que não foram vacinados é de 45%, mostram dados regionais.
Além disso, a partir de 18 de janeiro as lojas de bebidas alcoólicas e maconha - que é legalizada para uso recreativo no país desde 2018 - também exigirão comprovante de imunização. Após o anúncio, a procura por vacinas aumentou 400% em apenas uma semana.
Em outros países muitas ações estão sendo aplicadas nesse sentido, o ministro da Saúde da Áustria anunciou no mês passado que o governo planeja impor multas de até 3.600 euros às pessoas que desrespeitarem a exigência de vacina. A regra deve ser introduzida em fevereiro para todos os residentes maiores de 14 anos.
Foto Destaque: Profissionais de saúde do Canadá. Reprodução:Christinne Muschi/ Reuters.