A partir de uma aeronave espiã, os Estados Unidos são acusados de entrar em zona econômica exclusiva da Coreia do Norte nesta segunda-feira (10). A acusação é que o avião militar teria “invadido” oito vezes essa área.
Nesta segunda-feira (10), os Estados Unidos foram acusados de “invadir” a zona econômica exclusiva da Coreia do Norte. Uma aeronave espiã estadunidense teria entrado nessa área sem autorização oito vezes. Através de um comunicado feito pela agência norte-coreana KCNA, o país afirma que haverá retaliação a essa “provocação”.
O comunicado foi assinado pela vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia e irmã do líder Kim Jong-Un, Kim Yo Jong. Inclusive, caso a “invasão ilegal” se repita, a vice-diretora prometeu que os Estados Unidos enfrentarão um “voo muito crítico”.
Além disso, o comunicado cita que o culpado por um possível desastre seria os EUA: “será um resultado natural de seus atos”, é o que afirma o informativo.
Ademais, alertaram também sobre o desrespeito sobre a suposta “invasão”:
"Se os EUA ainda não perceberam que o perigo está chegando diretamente a eles, desrespeitando o aviso da Coreia do Norte, a Coreia do Norte não é culpada por isso", diz o comunicado.
A aeronave dos Estados Unidos teria sobrevoado uma área de 435 km da costa leste do país e a 276 km da costa sudeste.
Zonas econômicas exclusivas são áreas marítimas que abrangem 200 milhas náuticas (370 km) após a faixa de água ainda inclusa parte do território de um país, que é de 12 milhas (22 km).
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, as zonas exclusivas são áreas que um país tem o direito de explorar. No entanto, o país não possui soberania nem sobre a superfície da água nem do espaço aéreo acima dela.
Foto destaque: Exercício aéreo dos Estados Unidos com a Coreia do Sul em foto de arquivo, feita em dezembro de 2022. Reprodução/Ministério da Defesa/Reuters