Uma guerra que aparentava estar chegando ao fim, infelizmente, ao que parece, continuará. Mas até quando? Ninguém sabe. Um cessar-fogo que indicava, enfim, a paz entre a Palestina e Israel retrocedeu, trazendo de volta o desespero para aqueles que habitam nesses locais e para seus familiares espalhados por vários países. A esperança, que antes aliviava o medo, agora é substituída novamente pelo terror. Alguns países se manifestaram pedindo o cessar-fogo e ajuda humanitária para Gaza.
Em uma declaração conjunta na última sexta-feira (21), Reino Unido, França e Alemanha se posicionaram a favor do fim da guerra. Além disso, pediram aos militares palestinos do Hamas que libertassem os reféns israelenses e que Israel restabelecesse o acesso humanitário ao povo palestino.
“Pedimos a Israel que restabeleça o acesso humanitário, incluindo água e eletricidade, e garanta o acesso a cuidados e retiradas médicas temporárias, de acordo com a lei humanitária internacional”, disseram os ministros das Relações Exteriores das três nações.
A quebra do cessar-fogo
A ruptura da paz ocorreu por parte do governo israelense, que defende diferentes motivos para a retomada do conflito.
Segundo Israel Katz, ministro da Defesa do país, os ataques a Gaza foram retomados devido à recusa do Hamas em libertar os reféns e às ameaças dos militantes palestinos contra soldados e comunidades israelenses. Essa justificativa é semelhante à mesma apresentada no início dos ataques contra Gaza, em 7 de outubro de 2023.
“O Hamas rejeitou duas propostas concretas de mediação apresentadas pelo enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel.
Com essa retomada, fica claro que esse novo round se trata de uma iniciativa do governo israelense, que tem como objetivo não apenas recuperar seus cidadãos mantidos reféns na Palestina, mas também destruir o governo e as forças militares palestinas, garantindo, assim, o domínio de Gaza.
Vale lembrar que a extrema-direita de Israel nunca concordou com o cessar-fogo. Para eles, esse ato significava uma rendição ao Hamas.
Ataque aéreo
"Meus filhos Morreram com fome" (Vídeo: reprodução/Instagram/@monitordooriente)
Na última terça-feira (18), Israel realizou ataques aéreos contra Gaza. Esse ato faz parte da primeira fase de uma série de ofensivas destinadas a pressionar o Hamas a libertar os reféns. Essa estratégia está alinhada com o pensamento do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que a pressão militar sobre os palestinos é a maneira mais eficiente de garantir a libertação dos sequestrados.
Foto destaque: Uma mãe Palestina e seus dois filhos, desesperados diante dos ataques de Israel a Gaza. (Reprodução/Instagram/@redtifosi)
