Alta dos preços do combustível leva motoristas da cidade de Porã (MS), a abastecer na cidade vizinha, Pedro Juan cabellero no Paraguai. A diferença no valor do litro entre Brasil e Paraguai chega a quase R$ 2,00. Na quinta-feira (4), o preço da gasolina se encontrava a R$ 6,70 enquanto na cidade vizinha o valor chegou em R$ 5,29. Em Mato Grosso do Sul, a chegada até o Paraguai se torna mais fácil, por conta da fronteira seca, ou seja, a cidade é dividida apenas por uma rua, isso levou os postos de gasolina paraguaios a receberem mais brasileiros que o normal. Segundo os motoristas, a economia por mês pode chegar a R$ 100,00. "Não abasteço o carro no Brasil, só no Paraguai" diz um dos motoristas.
Fachada da estatal Petrobrás. (Foto: Reprodução/ Sérgio Morais/Reuters)
Dentre os fatores considerados pela Petrobrás no cálculo do preço nas refinarias, está o valor do petróleo no mercado nacional e do dólar. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou no final de setembro, o congelamento por 90 dias que chamam "preço médio ponderado ao consumidor final". Esse preço médio influi no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis. Para especialistas, a medida tem efeito limitado, pois os demais componentes que determinam o preço podem sofrer alterações, como, por exemplo, a variação do câmbio. Desde o reajuste sofrido no mês de outubro, a gasolina chegou a 73,4% mais cara nas refinarias já o diesel, 65,3%.
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A estatal já promoveu em média, 13 reajustes no preço do diesel e 15 no valor da gasolina. "Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", diz o comunicado divulgado pela estatal. Conforme o presidente Jair Bolsonaro, a alta do combustível já era esperada e reflete a alta do preço do petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real em relação ao dólar.
Foto destaque: Bomba de gasolina.Reprodução/ Site Guia do Investidor