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Coligação de partidos da esquerda vence eleições legislativas na França

Segundo projeções, coligação Nova Frente Popular, de esquerda, conseguiu o maior número de votos, porém não formando maioria para governar o país sozinha

08 Jul 2024 - 10h14 | Atualizado em 08 Jul 2024 - 10h14
Coligação de partidos da esquerda vence eleições legislativas na França Lorena Bueri

O segundo turno das eleições legislativas ocorridas neste domingo (07) na França, deram vitória à Nova Frente Popular, coligação de partidos ligados à esquerda francesa. Esse resultado é visto como surpreendente, pois no primeiro turno, a extrema-direita havia alcançado uma vitória histórica no país. O comparecimento dos eleitores foi bastante alto, com cerca de 60% dos aptos a voltar.

O resultado ainda não foi confirmado, mas segundo as projeções, a coligação da esquerda conseguiu 182 assentos no parlamento francês, com o Juntos, formada por partidos de centro e é do atual primeiro-ministro, com 168 assentos, e Reunião Nacional, dos radicais da direita, com 143 assentos conquistados.

Mesmo com a vitória, a Nova Frente Popular não formará maioria para governar e terá de fazer alianças com o Juntos, de centro, que foram cruciais para barrar a ascensão do partido dos radicais da direita, o Reunião Nacional.

União para barrar o Reunião Nacional

O Reunião Nacional é um partido ligado à extrema-direita francesa, liderado por Marine Le Pen, que tem ideias contra as mais diversas minorias. Esse partido havia conquistado no primeiro turno das eleições, em 30 de junho, cerca de 33% dos votos.

Com o intuito de barrar uma possível chegada do grupo radical ao poder, os partidos de centro e da esquerda decidiram unir forças no segundo turno, realizado neste domingo (07).

O partido de Macron, atual presidente da França, se uniu à coligação de partidos da esquerda e retiraram cerca de 200 candidaturas para que os eleitores votassem apenas nos candidatos com maiores chances.

Em distritos eleitorais onde havia três candidatos concorrendo no segundo turno, um da extrema-direita e outros dois da esquerda ou centro, o que tinha menos condições de vencer era retirado da disputa pela coligação, restando apenas dois. Com isso, a estratégia era concentrar o maior número de votos em alguém fora dos radicais.


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Primeiro- ministro francês Gabriel Attal queria renunciar ao cargo (Foto: reprodução/Getty Images Embed/LUDOVIC MARIN/AFP)


Primeiro-ministro queria renunciar

O primeiro-ministro francês, do partido de centro, Gabriel Attal, havia declarado que, após o resultado das eleições, no dia seguinte, pediria renúncia do cargo. E de fato, nesta segunda-feira (08) ele entregou o cargo, porém o Presidente da França, Emmanuel Macron, pediu que Attal permanecesse no cargo, pelo menos até que a situação eleitoral se defina, o que pode demorar até alguns meses, porque a esquerda não formou maioria e uma série de acordos com o partido de centro, de Macron e Attal, devem ser feitos para permitir governabilidade para os vencedores. Na França, primeiro-ministro e presidente governam de maneira conjunta, um auxiliando ao outro.

Como é a eleição na França

O processo eleitoral francês para o legislativo, se difere do brasileiro em alguns aspectos, sendo possível ter segundo turno com mais de dois candidatos. Na França, para ir ao segundo turno é preciso apenas que o candidato tenha pelo menos 12,5% dos votos válidos.

Mais candidatos participando das eleições, a probabilidade de três destes chegarem ao segundo turno aumenta bastante e nestas eleições em alguns distritos, havia uma diversidade de candidaturas.

No sistema político da França, o primeiro-ministro governa com ênfase apenas nas questões domésticas e o presidente tem atribuições como questões de políticas externas e defesa nacional.

Prováveis alianças

Com as projeções mostrando essa provável configuração nos resultados, os partidos da esquerda, vencedora, e do centro, em segundo lugar, irão fazer algumas alianças para governar.

Mesmo com diferenças de ideias e com várias críticas a maneira de governar do centro, esses partidos estão agora em um dilema e terão de se aliar para conseguir governar o país.

Analistas apontam que ambos os lados terão de ceder para que o país consiga se manter equilibrado. A esquerda em sua campanha prometeu aumento do salário-mínimo e quer limitar os reajustes de preços de bens básicos para conter a crise econômica. Para isso, necessitam de votos, pois não conseguiram formar a maioria absoluta para governar, que seria de 289 assentos.

Foto Destaque: projeção aponta vitória para a esquerda na França (Reprodução/Getty Images Embed/Xavier Laine)


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