Pelo menos vinte pessoas morreram e cerca de 55 mil foram deslocadas por conta do ciclone Batsirai, que ocorreu em Madagascar e atingiu a região na noite do último sábado (5).
O ciclone tropical, que apresentou ventos de 165 km/h e rajadas de até 235 km/h, mesmo perdendo as forças neste domingo (6), ainda continua preocupando os moradores, pela possibilidade de enchentes devido às chuvas torrenciais, segundo o Instituto de Meteorologia.
"Há medo de enchentes localizadas ou generalizadas após as fortes chuvas, mas Batsirai deveria sair para o mar no canal de Moçambique na parte norte de Atsimo Andrefana pela tarde ou noite", disse a nota do instituto.
Batsirai atingiu Madagasgar no sábado às 20 horas (14 horas no horário de Brasília), no distrito de Mananjary. Os moradores estão lidando com a situação com os recursos que possuem na ilha, mas, que são escassos, visto que o país, além de ser um dos mais pobres do mundo, ainda enfrentou a forte tempestade Ana em janeiro, que causou grande destruição e tirou a vida de mais de 50 pessoas.
Imagem de satélite mostra o momento exato do ciclone Batsirai se aproximando de Madagascar (Foto: Divulgação/Defis_eu via Reuters)
Segundo os moradores, não há eletricidade e nem água potável em algumas vilas. Outros locais estão completamente destruídos.
"Vimos apenas desolação: árvores arrancadas, postes elétricos caídos, telhados arrancados pelo vento e a cidade completamente submersa", disse Nirina Rahaingosoa, uma moradora da cidade de Fianarantsoa, em entrevista à Reuters.
A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Meio Crescente Vermelho (FICR) estimou que cerca de 4,4 milhões de pessoas estão ameaçadas de alguma forma pelo ciclone Batsirai.
Todo ano, entre novembro e abril, cerca de dez tempestades e ciclones atravessam essa região e causa destruição no país.
O número de mortos e feridos ainda estão sendo contabilizados, podendo aumentar nos próximos dias.
Foto Destaque: Um habitante sentado em uma praça em Antsirabe, local atingido pelo ciclone Batsirai. Créditos: RijaSolo/AFP