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Chefe militar responsável pela defesa nuclear e armas químicas russas é assassinado em Moscou

Atentado ocorreu com a explosão de uma bomba implantada em scooter utilizada pelo general e ativada remotamente; Tensão pode escalar conflito entre Rússia e Ucrânia

17 Dez 2024 - 18h18 | Atualizado em 17 Dez 2024 - 18h18
Chefe militar responsável pela defesa nuclear e armas químicas russas é assassinado em Moscou Lorena Bueri

Após atentado em Moscou, o líder das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, o general Igor Kirillov e seu assessor, morrem em explosão nesta terça-feira (17). De acordo com a agência Reuters, o crime de natureza brutal tem autor. A Ucrânia está por trás do ataque, intensificando a onda de conflito entre os países. A informação foi confirmada por uma fonte do Serviço de Segurança ucraniana (SBU), mas não oficialmente pela presidência.

Na Rússia, o governo relatou que a ofensiva, considerada “ato terrorista”, deixou marcas nos arredores da avenida Ryazanski. “Um artefato explosivo colocado em uma scooter estacionada perto da entrada de um imóvel residencial” foi ativado remotamente durante a madrugada, informou.


Corpo do general Kirillov é encontrado no chão (Foto: Reprodução /AP Photo/apnews.com)


Veja quem era o general

Sob acusações internacionais, Igor Kirillov era responsável por uma das posições mais estratégicas da Rússia. Desde 2017, ele coordenava as forças de Defesa de Radiação, Química e Biológicas em operações militares. Foi sancionado por diversos países ocidentais, acusado do uso indevido de armas químicas, como cloropicrina, contra as tropas ucranianas.

Em relatos do SBU, desde 2022 constam o registro de mais de 4.800 usos de munições químicas em campo de batalha, principalmente granadas de combate K-1. Em uma das sanções de Kirillov, feita pelo Reino Unido é exposto o “uso abominável de armas desumanas".

Próximos passos do cenário geopolítico

Uma nova camada de complexidade foi adicionada ao conflito. Sendo a primeira autoridade assassinada brutalmente desde o início da disputa em 2022, há uma lacuna de vulnerabilidade aberta entre as lideranças, antes seguras em seu território nacional. Esse cenário também pode potencializar retaliações contra os civis.

Relembre

Em fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia por três frentes, sendo pela fronteira, Crimeia e Belarus. Nos primeiros dias, o presidente russo Vladimir Putin avançou expressivamente até que as forças ucranianas assumiram o controle de Kiev. Após milhares de mortos, recentes análises descreveram o período de outubro deste ano como o mais arriscado.

No momento em que Putin determinou o uso do míssil hipersônico Oreshnikem uma investida em solo ucraniano, as tensões tomaram uma proporção mais elevada, principalmente pela capacidade de carregar material nuclear. O ataque aconteceu após lançamentos de mísseis de longo alcance feitos pela Ucrânia.


Foto Destaque: Igor Kirillov em fevereiro de 2023 (Reprodução/ AP Photo/apnews.com)

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