Tratamento moderno para câncer de mama chega ao SUS
Trastuzumabe Entansina chega ao SUS com investimento de R$ 159 mi, beneficiando 1.144 pacientes com câncer de mama HER2+ já em 2025

Chegou ao Brasil nesta segunda-feira (13), o primeiro lote do medicamento Trastuzumabe Entansina, indicado para tratar câncer de mama HER2-positivo e será incorporado ao SUS. A entrega ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), em meio à campanha Outubro Rosa, que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
Medicamento inovador no SUS
O Brasil recebeu cerca de 12 mil unidades do medicamento, em dosagens de 100 mg e 160 mg. Esse é o primeiro de quatro lotes que serão entregues ao longo dos próximos meses, com novas remessas previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. A previsão é atender 100% da demanda atual, beneficiando 1.144 pacientes ainda este ano.
O Trastuzumabe Entansina é uma terapia direcionada que age nas células tumorais com proteína HER2, oferecendo tratamento mais eficaz e menos agressivo. É indicado para mulheres com câncer de mama HER2-positivo em estágio III que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial.
Primeiro lote de Trastuzumabe Entansina chega ao Brasil (Foto: reprodução/site/Agência Brasil/Rovena Rosa)
De acordo com o Ministério da Saúde, o medicamento foi adquirido com desconto de 50% em relação ao valor de mercado, totalizando um investimento de R$ 159 milhões. Será encaminhado às secretarias estaduais de saúde, responsáveis pela aplicação conforme os protocolos clínicos estabelecidos.
Avanço no tratamento do câncer de mama
Além do Trastuzumabe, o governo vai ampliar o acesso a outros tratamentos contra o câncer de mama. Ainda em outubro, o Ministério da Saúde autoriza a compra descentralizada de inibidores de ciclinas, usados em casos avançados com receptor hormonal positivo e HER2-negativo. A aquisição será feita por estados e municípios, com apoio financeiro federal.
Para fortalecer ainda mais a política de saúde da mulher, o SUS passou a oferecer mamografias a partir dos 40 anos, mesmo para quem não tem sintomas ou histórico familiar. A ampliação da faixa etária representa um passo importante na promoção do diagnóstico precoce e na prevenção do câncer de mama.