Biden celebra cessar-fogo em Gaza e reforça esperança de paz duradoura

Em gesto raro, Joe Biden elogia Donald Trump por intermediar acordo e afirma que o Oriente Médio pode finalmente trilhar um caminho de estabilidade

14 out, 2025
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos Reprodução I Freepik I Anna Moneymaker
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos Reprodução I Freepik I Anna Moneymaker

O presidente Joe Biden demonstrou, nesta segunda-feira (13), satisfação e alívio com a suspensão dos confrontos na Faixa de Gaza e a libertação dos últimos 20 reféns vivos mantidos pelo Hamas. Em comunicado oficial, o democrata afirmou estar “profundamente grato e aliviado” por testemunhar o reencontro das vítimas com suas famílias e a oportunidade de reconstrução para os civis palestinos afetados pelo conflito.

Biden ressaltou que o cessar-fogo simboliza não apenas o término de um conflito, mas também um avanço significativo rumo à estabilidade na região. O presidente lembrou que os meses de negociações envolveram esforços intensos da diplomacia americana e aliados internacionais para garantir a libertação de civis e a interrupção da violência.

O líder norte-americano também ressaltou o sofrimento humano vivido por ambos os lados, reconhecendo as perdas “imensuráveis” enfrentadas pela população de Gaza e a dor das famílias israelenses que aguardavam a volta dos reféns. “Hoje é um dia de esperança, mas também de reflexão sobre o preço da guerra”, declarou.

Elogio a Trump marca momento raro de unidade política

De maneira pouco comum na política dos EUA, Joe Biden enfatizou elogios ao ex-presidente  Donald Trump pelo papel desempenhado na mediação do acordo. “Elogio o presidente Trump e sua equipe por seu trabalho para levar o novo acordo de cessar-fogo até a linha de chegada”, afirmou Biden, reconhecendo a importância da colaboração entre administrações rivais.

A fala causou surpresa entre os analistas de Washington, que estão habituados a acompanhar os dois líderes em posições opostas no cenário público. Especialistas apontam que a postura de Biden reflete uma tentativa de demonstrar que a política externa dos Estados Unidos pode transcender divisões partidárias quando se trata de segurança global e estabilidade internacional.


Donald Trump assina acordo cessar-fogo na Faixa de Gaza (Vídeo: Reprodução/Instagram/@cnnpolitica)

Trump, por sua vez, também adotou um tom conciliador ao afirmar que “a reconstrução começa agora” e que o foco deve estar na paz duradoura. Segundo fontes diplomáticas, a cooperação entre as equipes dos dois ex-presidentes foi fundamental para destravar as últimas etapas do processo de negociação com mediadores do Egito e do Catar.

Perspectivas para o futuro do Oriente Médio

Com o cessar-fogo firmado, líderes mundiais começam a discutir os próximos passos para garantir que a trégua se mantenha e que os esforços de reconstrução avancem sem novos impasses. Biden declarou que o Oriente Médio “está em um caminho para a paz que espero que perdure” e destacou o papel dos Estados Unidos no apoio à recuperação de Gaza.

A comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Europeia, já anunciou planos de assistência humanitária e programas de reconstrução. Especialistas alertam, porém, que o sucesso da trégua dependerá do cumprimento dos compromissos assumidos por todas as partes envolvidas e da manutenção do diálogo diplomático.

Apesar do otimismo cauteloso, o desafio de transformar o cessar-fogo em uma paz duradoura ainda é imenso. Biden concluiu seu discurso destacando que a estabilidade somente poderá ser alcançada por meio de “ações equilibradas de paz, dignidade e segurança” para israelenses e palestinos — um compromisso que ecoa como promessa e desafio para a comunidade internacional.

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