O anúncio vem após 11 meses de conflito em Gaza. No sábado (7), Burns declarou estar trabalhando de forma perseverante junto a mediados do Egito e Catar para apresentar uma proposta detalhada com “textos e fórmulas criativas”, que contemplem interesses mútuos e garantam o cessar-fogo o mais breve possível.
Nas ruas, as manifestações aumentam a pressão para o governo de Israel aceitar o acordo e assim garantir a soltura de aproximadamente 100 reféns que seguem sob a custódia do grupo terrorista Hamas. Milhares de pessoas neste sábado (07/09), em Tel Aviv e demais localidades, ocuparam as ruas em um grande protesto.
Imagem do protesto em Tel Aviv (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Amir Levy)
Trabalho duro em prol do fim do conflito
Em um evento do jornal Financial Times, realizado na Inglaterra, em Londres, Burns estava ao lado do chefe da agência de espionagem MI6 da Grã-Bretanha ao se pronunciar. “Nós vamos fazer uma proposta mais detalhada nos próximos dias, eu espero. Então, veremos”, declarou Burns.
Segundo o diretor da CIA o documento foi aprovado em 90%, mas a aceitação dos últimos parágrafos sempre é mais conflitante. "Finalmente chegou a hora de fazer algumas escolhas difíceis e compromissos difíceis... Minha esperança é que você saiba, eles reconhecerão o que está em jogo aqui e estarão dispostos a seguir em frente com base nisso", declarou Burns complementando que estimava o reconhecimento dessa situação por ambas as partes.
O que é e onde atua o Hamas
O Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, foi instituído em 1987, por um dissidente da Irmandade Muçulmana. Sua fundação foi baseada em três pilares centrais: confrontar Israel, propagar a religião e promover a prática da caridade.
Autor de vários atos de violência que feriram ou mataram centenas de pessoas, está entre as maiores organizações islâmicas atuantes em terras palestinas, controlando o governo na Faixa de Gaza e está presente na Cisjordânia.
Foto destaque: William Burns, diretor da CIA (Reprodução/Getty Images Embed/Anna Moneymaker)