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Caso da vacina: Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as evidências necessárias para validar a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid não foram localizadas

29 Mar 2025 - 13h11 | Atualizado em 29 Mar 2025 - 13h11
Caso da vacina: Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro Lorena Bueri

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) o arquivamento do inquérito que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis por suspeita de irregularidades em seus certificados de vacinação contra a Covid-19.

Moraes concordou com o pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que o caso fosse finalizado.

Segundo a Procuradoria, não foram achadas evidências que confirmassem o depoimento de Mauro Cid, tenente-coronel que trabalhou como ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Apesar disso, a colaboração de Cid com a justiça continua valendo. As informações que ele deu foram importantes no caso da tentativa de golpe de Estado, no qual Bolsonaro é acusado.


Moraes arquiva inquérito sobre fraude em cartão de vacina de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


Argumentos da PGR

O procurador-geral Paulo Gonet explicou que, embora a PGR não descarte que o crime tenha ocorrido, faltam provas legais para confirmar a delação.

A Polícia Federal confirmou que informações falsas sobre a vacina foram inseridas no registro de Bolsonaro e, alguns dias depois, apagadas do sistema do Ministério da Saúde.

A PF acusou formalmente Bolsonaro, o deputado Gutemberg, Mauro Cid e outras 14 pessoas por formação de quadrilha e por incluírem dados falsos sobre a vacinação no sistema do Ministério da Saúde.

A PGR, que é o órgão responsável por apresentar as denúncias, disse que não encontrou provas de que Bolsonaro tenha dado a ordem para a fraude.

Sobre o deputado Gutemberg Reis, a PGR afirmou que existem indícios de que ele se vacinou e também incentivou a vacinação em suas redes sociais.


O ex-presidente Jair Bolsonaro falou com a imprensa após se tornar réu por golpe de Estado (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


O que Cid relatou na delação

Na sua colaboração com a justiça, Cid afirmou que Bolsonaro pediu que ele falsificasse a carteira de vacinação dele e da filha, Laura.

Em seu depoimento, Cid detalhou a forma como Bolsonaro fez a solicitação:

"Foi quando eu falei com o presidente também. Ele falou: 'faz pra mim também'. Tudo pedindo pra ele", declarou Cid.

Apurando se Bolsonaro solicitou um cartão para si e para sua filha Laura, os investigadores obtiveram a confirmação de Cid:

"Faz pra mim e pra Laura", disse Cid.


Esposa de Mauro Cid confirma fraude em cartão de vacina (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


Com essa decisão de Alexandre de Moraes, atendendo ao pedido da PGR, mais uma investigação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro chega ao seu fim, ao menos por ora, no Supremo Tribunal Federal. Contudo, as implicações da delação de Mauro Cid seguem sendo relevantes em outros inquéritos que tramitam na Corte.

Foto destaque: Entrevista - Ex-presidente da República Jair Bolsonaro (Reprodução/Agência Senado/Roque de Sá)

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