Em um estudo realizado por pesquisadores do Mass General Brigham e da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, foi descoberto que inalar o gás Xenônio, que aumenta de desempenho atlético, pode ajudar também a combater o Alzheimer.
O Xenônio é um gás incolor, inodoro e muito caro. A sua inalação melhora a saúde do cérebro e as habilidades para resoluções de problemas. O uso mais frequente desse gás é como um anestésico, que também pode ajudar montanhistas, e como um propulsor de foguetes.
O Estudo
A pesquisa tem o objetivo de examinar o possível potencial do gás para o tratamento do Alzheimer, mas até o momento os testes foram realizados apenas em camundongos. Devido aos bons resultados, eles planejam realizar testes em humanos nos próximos meses.
Os ratos receberam 30% de gás xenônio uma vez por semana e os seus comportamentos foram observados nas semanas seguintes. Outro grupo de ratos que recebeu apenas ar normal também fizeram parte do estudo para atuar como controle.
Ilustração do cérebro humano com alguma doença degenerativa (Foto: reprodução/Naeblys/Shutterstock/olhardigital)
Os resultados mostraram que os ratos que receberam o gás xenônio apresentaram uma melhora na cognição, melhor saúde cerebral, redução na inflamação no cérebro e foram melhores em realizações de tarefas.
Os pesquisadores notaram que o gás teve um efeito protetor nos camundongos que possuíam acúmulo de amiloide ou acúmulo de tau, proteínas em que o acúmulo tóxico delas é uma das causas do Alzheimer. Agora os cientistas planejam realizar um teste em humanos no Brigham and Women's Hospital, em Boston, Massachusetts, para terem noção de quão seguro o tratamento pode ser.
O gás Xenônio
O Xenon ou Xenônio é um gás inodoro e incolor, mais denso que os demais elementos gasosos e que faz parte do grupo de gases nobres. Foi descoberto no ano de 1898 por M.W Travers e Sir William Ramsay e seu nome é derivado da palavra grega "xenos" que significa estrangeiro.
Esse gás é usado frequentemente em propulsores de foguetes, para ajudar a aumentar o desempenho de um atleta, além de já ter sido usado na medicina antes como um anestésico e para proteger o cérebro durante o tratamento de lesões cerebrais.
Foto Destaque: ilustração do cérebro humano (Reprodução/Getty images/ Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library)
