Na noite da última quarta-feira (21), dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, D.C., foram mortos a tiros após deixarem um evento no Museu Judaico da Capital. As vítimas, Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, formavam um casal que planejava ficar noivo na semana seguinte, em uma cerimônia programada para acontecer em Jerusalém.
O ataque ocorreu por volta das 21h08 (horário local), quando o suspeito, identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago, aproximou-se de um grupo de quatro pessoas e efetuou disparos. Após cometer o crime, Rodriguez entrou nas dependências do museu, onde foi rapidamente detido pelos seguranças. Durante a prisão, ele gritou "Palestina livre" e indicou aos agentes onde havia descartado a arma, que foi posteriormente recuperada pelas autoridades locais.
Investigações apontam ação isolada
De acordo com a Polícia Metropolitana, há indícios de que o autor do ataque agiu sozinho, não sendo identificado como parte de nenhuma organização criminosa ou terrorista. O suspeito não possuía antecedentes criminais nem era conhecido pelas forças policiais. As investigações seguem conduzidas em parceria com o FBI e outras agências federais, que buscam esclarecer a motivação do crime.
The terrorist who carried out the brutal attack in Washington –
— Paul Smith - Options Trader (@paul_options) May 22, 2025
Elias Rodriguez. pic.twitter.com/Iyh8PkP4XM
Imagem do responsável pelo ataque (Foto: reprodução/X/@paul_options)
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, expressou profundo pesar com a tragédia, destacando a juventude e os planos do casal. “Ele comprou um anel nesta semana, com a intenção de pedi-la em casamento na próxima semana, em Jerusalém. Formavam um lindo casal”, declarou.
Em resposta ao episódio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou veementemente o ataque e determinou o reforço da segurança em todas as representações diplomáticas israelenses ao redor do mundo.
Conflito político e comoção internacional
O atentado ocorre em meio a uma escalada nas tensões envolvendo o conflito entre Israel e grupos palestinos. Embora as autoridades ainda não tenham classificado formalmente o episódio como terrorismo, o fato de o agressor ter gritado palavras de apoio à causa Palestina durante a prisão levanta suspeitas sobre possíveis motivações ideológicas.
Funcionários da embaixada de Israel são mortos a tiros nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)
Diversos líderes internacionais, entre eles o atual presidente norte-americano Donald Trump, manifestaram repúdio ao ataque, qualificando-o como um ato de antissemitismo. A Embaixada de Israel também lamentou a perda dos funcionários, descrevendo-os como “amigos e colegas” que estavam no auge de suas vidas.
As investigações seguem em andamento e as autoridades esperam, nos próximos dias, elucidar completamente as circunstâncias e motivações que levaram ao atentado.
Foto destaque: ataque a embaixada de Israel (Reprodução/X/@RFI_Br)