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Israel autoriza a entrada de 100 caminhões com ajuda humanitária em Gaza

Israel autoriza entrada de 100 caminhões com ajuda em Gaza; ONU alerta que número é insuficiente; França, Reino Unido e Canadá ameaçam sanções

20 Mai 2025 - 10h54 | Atualizado em 20 Mai 2025 - 10h54
Israel autoriza a entrada de 100 caminhões com ajuda humanitária em Gaza Lorena Bueri

Israel autorizou nesta terça-feira (20) a entrada de aproximadamente 100 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, após bloqueio de mais de dois meses e sob pressão de organismos internacionais. A ONU afirma que o volume liberado ainda está muito abaixo das necessidades da população local.

Autorização ocorre após bloqueio de mais de dois meses

A liberação foi confirmada pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). A entrada dos veículos ocorre após bloqueio de mais de 11 semanas e intensa pressão de organismos internacionais e líderes europeus.

De acordo com Jens Laerke, porta-voz do OCHA, os caminhões transportam alimentos e suplementos destinados, principalmente, a bebês e crianças. Segundo ele, a aprovação para a entrada representa um aumento em relação ao número autorizado no dia anterior. Laerke destacou que a entrega e distribuição dos suprimentos serão realizadas por meio dos mecanismos humanitários já existentes no território.

A ONU estima que a população de Gaza, que ultrapassa 2,3 milhões de pessoas, necessita da entrada diária de ao menos 500 caminhões com alimentos, medicamentos e produtos comerciais para atender às necessidades básicas. O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, afirmou à rede BBC que a quantidade liberada nesta semana representa “uma gota no oceano” diante da demanda. Segundo ele, aproximadamente 14 mil bebês correm risco de morte nas próximas 48 horas, caso os recursos não cheguem em volume suficiente.

A última liberação anterior havia permitido que cinco caminhões cruzassem a fronteira, embora o governo israelense tenha declarado ter autorizado nove. As taxas de desnutrição infantil em Gaza têm aumentado, conforme alertou Akihiro Seita, diretor de Saúde da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA). Dados disponíveis até o fim de abril indicam crescimento preocupante, com possibilidade de agravamento rápido diante da escassez prolongada.

França, Reino Unido e Canadá pressionam Israel por mudança

A liberação da ajuda humanitária ocorre em meio à continuidade da ofensiva militar de Israel em Gaza, que inclui operações terrestres e ataques aéreos diários. Segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo grupo Hamas, ao menos 60 pessoas morreram apenas nesta terça-feira. O total de mortos ultrapassa 53 mil desde o início da guerra, em outubro de 2023, número que a ONU considera confiável.

Em resposta à escalada do conflito, os governos da França, Canadá e Reino Unido emitiram uma declaração conjunta em que classificam como “ações escandalosas” a condução da ofensiva israelense. Os líderes Emmanuel Macron, Mark Carney e Keir Starmer advertiram que o deslocamento forçado permanente de civis viola o direito internacional humanitário e pediram o fim imediato das restrições à entrada de ajuda.


Resposta de Benjamin Netanyahu aos líderes em suas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@b.netanyahu)


Os três governos afirmaram que adotarão "medidas concretas" caso a atual política de Israel persista, embora não tenham especificado quais ações seriam tomadas. Na mesma declaração, expressaram apoio ao reconhecimento de um Estado palestino e reafirmaram compromisso com uma solução baseada em dois Estados. Eles anunciaram participação na conferência marcada para 18 de junho, em Nova York, para discutir o futuro de Gaza.

A atual ofensiva israelense tem como objetivo declarado o desmantelamento do Hamas, responsável pelo ataque de 07 de outubro de 2023 em território israelense, que resultou em 1.218 mortes e o sequestro de 251 pessoas. Dados oficiais de Israel indicam que 57 reféns ainda estão em poder do grupo, enquanto 34 foram declarados mortos.


Foto destaque: caminhões com ajuda humanitária (Reprodução/Unicef/Eyad El Baba)


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