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Arqueólogos encontram tesouro medieval raro de 1300 anos na Inglaterra

Arqueólogos encontram tesouro medieval raro de 1300 anos na Inglaterra. Os artefatos estavam no túmulo de uma mulher que pode ter sido uma das primeiras líderes religiosas cristãs na Grã-Bretanha

07 Dez 2022 - 11h32 | Atualizado em 07 Dez 2022 - 11h32
Arqueólogos encontram tesouro medieval raro de 1300 anos na Inglaterra Lorena Bueri

Na Inglaterra, especialistas do Museu de Arqueologia de Londres descobriram um colar de ouro, pedras preciosas e outros artefatos de pelo menos 1.300 anos em área em que está sendo construído um conjunto habitacional na cidade de Northampton, região central do país. Os historiadores, nesta terça-feira, disseram que tais achados estavam no túmulo de uma mulher poderosa que pode ter sido uma das primeiras líderes religiosas cristãs na Grã-Bretanha.

De acordo com matéria do “The Associated Press”, e divulgada pelo “g1”, mesmo que somente o esmalte dos dentes da mulher ainda existam, este trata-se do enterro medieval mais significativo de uma mulher que já foi encontrado no Reino Unido, e os especialistas esperam que o tesouro lance luz sobre a vida na Inglaterra do século 7 (época em que o cristianismo lutava contra o paganismo pela lealdade das pessoas). 


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @AP)


O especialista sênior em achados do Museu de Arqueologia de Londres, Lyn Blackmore, que fez a descoberta, disse que os itens são “uma declaração definitiva de riqueza, bem como da fé cristã”. “Ela era extremamente devota, mas ela era uma princesa? Ela era uma freira? Ela era mais do que uma freira, abadessa? Não sabemos”, disse Blackmore. 

Os artefatos foram nomeados de Tesouro Harpole devido a aldeia onde foram encontrados, que fica a cerca de 96 quilômetros a noroeste de Londres. Foi no mês de abril que a descoberta foi feita por arqueólogos que atuam com o promotor imobiliário que trabalha no local para a construção de novas casas. 

O supervisor do local Levente-Bence Balázs, em um dos últimos dias da escavação de 10 semanas, notou que algo brilhava no solo. Segundo os veículos de comunicação citados, no fim das contas era um pingente retangular de ouro com um motivo de cruz, incrustado com garnets, tal peça era central de um colar que continha pingentes feitos de moedas romanas de ouro e ovais de pedras semipreciosas. 


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @istockhistory)


“Esses artefatos não veem a luz do dia há mais de 1.300 anos”, disse Balázs. “Ser a primeira pessoa a vê-lo - é simplesmente indescritível.”

Segundo os pesquisadores, o enterro aconteceu entre 630 e 670 d.c., o mesmo período de diversos outros túmulos de mulheres de alto escalão que foram encontradas na Grã-Bretanha. Os enterros passados de alto status eram de homens na maioria das vezes, e os especialistas dizem que a mudança reflete as mulheres ganhando mais poder e status na nova fé cristã da Inglaterra. 

Conforme o “The Associated Press”, o Reino da Mércia, onde foi encontrado o Tesouro Harpole, se converteu ao cristianismo no século 7, e a mulher que lá estava enterrada era uma crente, talvez fosse uma líder religiosa. Em seu corpo na sepultura foi colocada uma grande e ornamentada cruz de prata. O objeto é adornado com pequenas, surpreendentemente bem preservadas imagens de cabeças humanas com olhos azuis de vidro, que talvez representem os apóstolos de Jesus Cristo. Foram também encontrados potes de barro da França ou da Bélgica, com resíduos de um líquido desconhecido. 

Em poucas décadas, na medida que o cristianismo se generalizou na Inglaterra, a prática de enterrar indivíduos com os seus bens de luxo desapareceu. Simon Mortimer, da consultoria arqueológica RPS, que trabalhou no projeto, disse: “Enterrar pessoas com muitos e muitos enfeites é uma noção pagã, mas isso obviamente está muito ligado à iconografia cristã, então é um período de mudanças bastante rápidas”.

O site citado mostra que essas descobertas de Harpole vão ajudar a preencher as lacunas de conhecimento a respeito da era entre a saída dos ocupantes romanos da Grã-Bretanha no século 5 e a chegada dos vikings cerca de 400 anos após. De acordo com especialistas, trata-se de uma das descobertas saxônicas mais importantes desde o enterro de um navio do século 7 encontrado na década de 1930 em Sutton Hoo, cerca de 160 quilômetros a leste.

O plano é que, após os arqueólogos finalizarem o trabalho, os itens sejam exibidos em um museu local. 

Na Grã-Bretanha, incorporadores imobiliários precisam corriqueiramente ir atrás de informações com arqueólogos como parte de seu processo de planejamento, e Simon Mortimer disse que a prática rendeu algumas descobertas significativas. 

“Agora estamos olhando para lugares que normalmente nunca teríamos visto”, disse Mortimer, e como resultado “estamos encontrando coisas genuinamente inesperadas”.

“A escala da riqueza vai mudar nossa visão do início do período medieval naquela área”, acrescentou. O mesmo também diz que, por essa descoberta, o curso da história foi alterado ligeiramente.

Foto Destaque: Os pingentes de ouro e pedras preciosas do início da Idade Média, Londres, dezembro de 2022. Reprodução/AP Photo/Kin Cheung.

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