Nesta sexta-feira (15), Argentina emite ordem de prisão para 61 brasileiros foragidos e condenados por ter participação em atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Atualmente, dois já foram presos. No mês de junho, o Ministério das Relações Exteriores Brasileiro, tinha recebido uma lista que possui os nomes de mais 180 brasileiros, que estão foragidos na Argentina e em outros países como o Paraguai e Uruguai.
Investigações
As investigações, feitas pela Polícia Federal, apontaram que os acusados e foragidos teriam ido para Argentina para se esconder, e assim tentar evitar os mandados de prisão que seriam expedidos contra eles pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As apurações feitas pela Globo News, mostraram que tanto a Polícia Federal como a justiça da Argentina, tem ficado em diálogo para localizar e prender todos os responsáveis e fazer com que eles voltem para o Brasil.
Brasileiros foragidos na Argentina (Vídeo: Reprodução/Youtube/Jovem Pan News)
Porta-voz da Argentina
No mês de junho deste ano, porta-voz do Governo de Javier Milei, Manuel Adorni, fala que não existe pacto para a impunidade na Argentina e reforça que vai respeitar as decisões do país em relação aos foragidos. Milei, aliado de Jair Bolsonaro (PL), e também é investigado no mesmo inquérito nos atos.
Alexandre de Moraes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator das ações penais contra todos os foragidos, já tinha determinado em outubro que fossem presos os foragidos responsáveis pelo crime do ataque. À época ele tinha atendido a um pedido da Polícia Federal.
Próximas etapas
A partir de agora, com as mandados de prisão expedidos pela Justiça da Argentina, qualquer uma das autoridades policiais podem deter os foragidos. Após ouvir os foragidos, os foragidos vão por extradição para o Brasil.
À GloboNews, o juiz responsável pelas ordens de prisão, Daniel Eduardo Rafecas, afirmou que os 61 foragidos serão ouvidos e submetidos a julgamentos de extradição na Justiça da Argentina.
Foto Destaque: Imagens do ataque 8 de janeiro (Reprodução/Getty Images Embed/ Ton MOLINA)