Nesta terça-feira (09), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o Estados Unidos não vê “mérito” na acusação de genocídio feita pela África do Sul contra Israel. No entanto, Blinken reconheceu o expressivo número de vítimas civis na Faixa de Gaza.
A afirmação do secretário de Estado dos Estados Unidos foi feita em uma coletiva de imprensa, dada após uma reunião em Tel Aviv com líderes israelenses. Antony Blinken tem visitado países do Oriente Médio em busca de controlar o conflito em Gaza.
Resoluções do encontro
De acordo com Blinken, há um acordo sobre uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) até Gaza, a fim de avaliar as condições humanitárias da região.
O secretário, que anteriormente já pressionou o governo israelense sobre a necessidade de proteger os civis de Gaza, assegura que o povo palestino deve voltar para casa quando as condições forem viáveis, além de declarar que os EUA não apoiam propostas a favor do reassentamento de palestinos fora de Gaza.
África do Sul acusa Israel de "genocídio"
Pessoas carregam o corpo de um palestino morto em ataques israelenses na Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução/Mahmoud Issa/Reuters).
No fim de dezembro, a África do Sul denunciou Israel à Corte Internacional de Justiça (CIJ), sob a acusação de que as autoridades do país estariam cometendo genocídio contra o povo palestino, na Faixa de Gaza.
O país afirma que os "atos e omissões de Israel são de caráter genocida, pois são acompanhados da intenção específica requerida (...) de destruir os palestinos de Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico mais amplo dos palestinos”.
Com a denúncia, a Africa do Sul pede que a corte "estabeleça a responsabilidade de Israel por violações da Convenção sobre o Genocídio".
Segundo o Ministério de da Saúde palestino, ao menos 22,8 mil palestinos morreram e 58,4 mil ficaram feridos desde o início da guerra, em 07 de outubro.
Foto destaque: secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. (Reprodução/Mark Makela/GETTY IMAGES /AFP).